FPF certificou 21 clubes como entidades formadoras em cerimónia realizada na Cidade do Futebol. Fernando Gomes agradeceu contributo destes emblemas para o desenvolvimento do futebol nacional.
A FPF completou a segunda avaliação aos clubes e sociedades desportivas que participam nas competições profissionais, além de outros clubes do futebol não profissional. Neste segundo ano de avaliação, 21 clubes foram reconhecidos como Entidades Formadoras.
A cerimónia decorreu, esta manhã, na Cidade do Futebol onde foram entregues aos clubes certificados integralmente ou com reservas as placas e respetivos certificados de reconhecimento.
A FPF certificou, na época 2016-17, como Entidades Formadoras, após avaliação exaustiva e com base no regulamento e manual de certificação, a Associação Académica de Coimbra, a Associação Desportiva Estação, o Clube Desportivo Trofense, Clube União Micaelense, Futebol Clube Famalicão, Real Sport Clube e Varzim Sport Clube.
Ainda com certificação sob reserva, foram igualmente entregues diplomas ao Boavista FC, CD Cova da Piedade, CD Aves, CD Feirense, CD Tondela CF União da Madeira, FC Paços de Ferreira, FC Penafiel, Gil Vicente FC, GD Chaves, Moreirense FC, SC Covilhã, UD Leiria e Vitória FC.
Fernando Gomes, Presidente da FPF, sublinhou que a cerimónia de atribuição dos diplomas e placas identificadoras da certificação, plena ou sob reservas, serve de para celebrar "o trabalho conjunto realizado por clubes e FPF no sentido de elevar e qualificar o processo de formação do jovem jogador de futebol em Portugal”.
O líder federativo apontou ainda a importância para o futebol português da avaliação que, esta época, englobou 48 clubes: “Onze mil jogadores nacionais representam estes clubes em 2016-17, cerca de 8 por cento de todos os futebolistas federados. Setenta por cento dos jogadores que chegam às Seleções Nacionais, desde 2012, fazem parte dos seus quadros. São, sejamos claros, os alicerces nos quais o País e a FPF se apoiam para a sua representação nacional ao mais alto nível", agradeceu.
Recorde-se que na época passada já tinham sido certificados plenamente o CS Marítimo, CD Nacional, Rio Ave FC, Sporting CP, FC Porto, SC Braga, Vitória SC, SL Benfica, GD Estoril Praia e CF Belenenses.
Fernando Gomes lembrou ainda que a realização, esta sexta-feira, do 1º workshop de Entidades Formadoras assim como a apresentação do 1º curso para diretores destes clubes "traduzem de forma muito clara uma aposta da FPF no desenvolvimento da área de formação em Portugal".
Certificação de Entidades Formadoras.
A certificação das Entidades Formadoras era um dos compromissos da direção da FPF para 2016/20 e reveste-se de enorme importância uma vez que apenas os clubes certificados podem celebrar contratos de formação desportiva.
Nos termos do Regulamento de Certificação de Entidades Formadoras, a FPF irá acompanhar os clubes Certificados com Reservas, através de reuniões, ações de formação e iniciativas individualizadas, no sentido de ajudar a que estas entidades formadoras ultrapassem as dificuldades que não lhes permitiram a certificação integral. Desta forma, o processo de certificação, mais do que um processo de verificação e fiscalização, será um instrumento da FPF para a promoção do desenvolvimento do Futebol de Formação.
O processo de Certificação de Entidades Formadoras, que arrancou em 2015, está ancorado, do ponto de vista legal, na Lei 54/2017 de 14 de julho, e veio permitir à FPF cobrir um vazio legal e proteger os clubes no que à validade dos contratos de formação desportiva diz respeito.
A certificação das entidades formadoras pela FPF assenta no cumprimento de 9 critérios e vários sub. critérios, os quais estão, detalhadamente, definidos no Manual de Certificação:
Critério 1 - Planeamento e orçamento
Critério 2 - Estrutura organizacional
Critério 3 - Recrutamento
Critério 4 - Formação desportiva
Critério 5 - Acompanhamento médico-desportivo
Critério 6 - Formação pessoal e social
Critério 7 - Recursos humanos
Critério 8 - Instalações
Critério 9 - Produtividade
Em todos estes critérios existem condições mínimas a cumprir pelas Entidades Formadoras dos Clubes, com exigências diferenciadas para Clubes da 1ª Liga, da 2ª Liga e do Futebol Não Profissional.
O processo parte de uma autoavaliação feita pelas próprias Entidades Formadoras, à qual se seguem vistas técnicas de verificação por equipas especializadas da FPF. O resultado final do processo de certificação, depois da elaboração de relatórios de avaliação e da audiência de interessados, é decidido pela Comissão de Certificação e aprovado pela Direção da FPF.
A Certificação de Entidades Formadoras, constitui um instrumento muito importante no processo de desenvolvimento do jogador Português e um reforço qualitativo do trabalho desenvolvido pelos clubes.