Selecionador Nacional destaca que o grupo F inclui os últimos dois campeões do mundo e o atual campeão da Europa.
Fernando Santos já reagiu a sorteio da fase de grupos do Europeu 2020, que se realizou este sábado, em Bucareste, e colocou a França e a Alemanha no caminho de Portugal.
Em declarações na zona de entrevistas rápidas após a cerimónia, o técnico da Equipa das Quinas admitiu as dificuldades que espera encontrar, mas nem por isso perdeu ambição no discurso: “É o grupo mais difícil de todos os que aqui estão, isso é evidente. Temos os últimos dois campeões do mundo e o último campeão da Europa e vencedor da Liga das Nações. Obviamente, era um grupo que nenhuma das equipas desejava. Na minha perspetiva, a Alemanha e a França são favoritos [a vencer o Europeu] e Portugal é candidato. Vamos ter de trabalhar para alcançar o que queremos: seguir em frente, se possível chegar à final e, na final, vencer. É isso que vamos procurar fazer”, salientou.
Para Fernando Santos, a renovação que a Alemanha tem levado a cabo está concluída: “A equipa esteve em transformação, mas se atentarmos aos últimos jogos parece-me que esse processo está concluído. A Alemanha é sempre a Alemanha. Se olharmos para os jogadores que compõem a seleção alemã, percebemos que jogam todos nas melhores equipas europeias e estão nas fases finais da Liga dos Campeões. Nunca podem ser retirados do lote de favoritos por tudo aquilo que têm alcançado. Têm um excelente treinador, têm grandes jogadores, a equipa é fortíssima. Para mim são favoritos a vencer o Europeu, juntamente com a França, a Itália e a Espanha. Depois há um conjunto de equipas que tem uma palavra a dizer e no qual se inclui Portugal.”
Os possíveis reencontros com franceses e islandeses também foram abordados pelo treinador de 65 anos: “Desportivamente, admito que haja desejo de vingança da França. No entanto, também pode acontecer defrontarmos novamente a Islândia no primeiro jogo do Europeu, como aconteceu em 2016. Ainda há alguns cenários em aberto. Vamos ver tudo com muita calma.”
O Selecionador Nacional não escondeu que espera um apoio massivo dos portugueses: “Nesse aspeto, o melhor sorteio para nós seria Espanha e Irlanda porque poderíamos ficar na Cidade do Futebol, fazer toda a logística em nossa casa, as viagens seriam curtas…em termos logísticos, isso seria o melhor. No entanto, jogar em Roma e Baku seria muito pior. Vamos ter seguramente muito público português na Alemanha. Neste momento já deve haver emigrantes a tentar comprar bilhetes para esse jogo [20 de junho, no Arena Munique, frente à seleção local]. Espero que eles estejam lá para nos apoiar. Budapeste também é relativamente perto e há seguramente possibilidade de termos muito apoio dos nossos adeptos nessa cidade [jogos a 14 e 24 de junho com o vencedor do play-off A ou D e a França, no Estádio Ferenc Puskás]”, concluiu.
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