AG da FPF aprovou contas e deu luz verde ao início da segunda fase de construção da Cidade do Futebol. Votos de louvor à direção da FPF, aos sub-19 e a seleção de futsal feminino.
A Assembleia-Geral da Federação Portuguesa de Futebol discutiu e aprovou, esta segunda-feira, na Cidade do Futebol, por unanimidade, o Relatório e Contas da época 2017/18.
O documento financeiro que obteve a concordância dos delegados da AG revela que a FPF teve um total de rendimentos orçado em 76 mihões de euros e quase 69 milhões de euros em gastos.
O resultado positivo de 7 milhões de euros, o maior de sempre no organismo, em parte resultante da antiga sede federativa na Rua Alexandre Herculano, será reinvistido numa unidade de alojamento previsto para a Cidade do Futebol, com a construção de 46 quartos. Esta obra já está licenciada e implica um investimento de 3,9 milhões de euros.
A unidade de alojamento da infraestrutura vai permitir albergar duas seleções em simultâneo ou a seleção principal em exclusividade, estando a sua inauguração prevista para o estágio de preparação para o Euro2020.
Recorde-se que a segunda fase de construção da Cidade do Futebol prevê ainda a edificação de um museu, de um pavilhão para o futsal e campos para o futebol de praia,
O orçamento hoje aprovado prevê ainda que o resultado líquido federativo seja aplicado no apoio ao futebol não profissional (1,4 milhões de euros), no reforço do programa de apoio aos clubes e associações para o aumento dos praticantes Crescer2020 (900 mil euros), na modernização administrativa dos sócios da FPF (700 mil euros) e no reforço dos fundos patrimoniais (104 mil euros).
Os principais rendimentos da FPF resultam da venda, por 3,9 milhões de euros, da antiga sede na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, do prémio de 12,6 milhões de euros resultante da chegada aos oitavos de final no Mundial2018 e ao aumento das receitas com jogos sociais e apostas desportivas e da atividade comercial da FPF.
A atividade das seleções encabeça os gastos, com 20,2 milhões de euros, dos quais 13,6 na seleção principal, acima dos 2,5 milhões de euros nas seleções jovens, dos 2,2 nas seleções femininas e nos 1,7 milhões nas de futsal e futebol de praia. Seguem-se, igualmente na despesa, as rubricas com as atividades desportivas nacionais (12,4 milhões de euros), a organização e distribuição de prémios da Taça de Portugal (3,9 milhões de euros) e os gastos com pessoal, prestadores de serviços e fornecedores externos (18 milhões de euros).
Fernando Gomes satisfeito
Em mensagem dirigida aos delegados da FPF, Fernando Gomes sublinha que o documento revela, por um lado, os "sólidos alicerces financeiros, com contas equilibradas, receitas solificadas e custos controlados" e, por outro, "uma instituição que assume o seu papel dinamizador no desporto e na sociedade".
O líder federativo explica ainda que a organização fez "crescer o número de praticantes, competições e seleções" e que seguirá uma política de sustentabilidade financeira da FPF: "acreditamos que cada vez mais caminhamos no sentido da diversificaçãi das nossas fontes de receita e de uma gestãoa visada dos nossos investimentos", disse.
Votos de louvor
A reunião magna votou igualmente por unanimidade um voto de louvor à direção da FPF pelo seu papel catalizador na ajuda às vítimas dos incêndios de outubro de 2017. Recorde-se que a angariação de fundos realizada pela FPF resultou na reconstrução de 12 habitações próprias nos concelhos mais flagelados pelos incêndios. Também foram atribuídos votos de louvor desportivo aos campeões europeus sub-19 e à seleção nacional feminina de futsal sub-19 que conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires.
Eleição no Conselho de Disciplina
Em Assembleia-Geral eleitoral realizada igualmente esta segunda feira procedeu-se ao escrutínio dos delegados de um novo vogal efectivo e três suplentes do Conselho de Disciplina. José António Martins, Paula Castro, Carla Vieira e João Gonçalves foram eleitos por uma larga maioria dos delegados como novos membros do órgão disciplinar.