Internacional portuguesa foi a porta-voz da Equipa das Quinas antes da partida para Tel Aviv.

A Seleção Nacional viajou esta sexta-feira de Istambul para Tel Aviv, onde vai realizar mais um jogo de apuramento para o Mundial de 2023, diante da seleão de Israel. O encontro está marcado para domingo, às 17h00 [hora de Lisboa], e vai passar em direto no Canal 11.

Antes da partida para Tel Aviv, Jéssica Silva falou com fpf.pt sobre o sentimento do grupo após o empate com a Turquia (1-1). Assumindo que a igualdade pontual não estava nos planos da Equipa das Quinas para a estreia na qualificação, a avançada disse que o caminho passa por vencer o jogo com Israel.

"Estamos muito desapontadas, foi um empate que nos soube a muito pouco. Agora vamos viajar e queremos muito mudar o chip, mas com o foco total no próximo jogo, no qual queremos os três pontos e fazer quatro pontos para levar para casa”, assegurou a atacante, antes de avaliar o desempenho luso frente à Turquia: “Temos consciência que a primeira parte foi completamente nula, não soubemos reconhecer o jogo, não fomos nós, mas acho que na segunda parte só houve uma equipa em campo. Jogámos muito bem, criámos inúmeras oportunidades que, infelizmente, não conseguimos concretizar. Mas, sem dúvida alguma, na segunda parte fomos Portugal e é isso que temos de ser diante de Israel e nos próximos jogos.”

FOTOGALERIA

Questionada sobre o golo que apontou em Alanya, Jéssica Silva assumiu que foi "muito especial", ela que não faturava com a camisola das Quinas desde outubro de 2019. "Foi algo agridoce, porque foi um golo que deu o empate, mas para mim foi um golo muito especial, depois de um ano super conturbado com uma lesão, e marcar pela Seleção é sempre muito especial. Estou aqui para marcar golos, fazer assistências, mas fiquei muito, muito feliz por voltar a marcar e que seja o primeiro de muitos nesta qualificação", explicou.

Sobre o entendimento com Diana Silva na frente de ataque, a camisola 10 de Portugal, considerou que "foi quase perfeito na segunda parte". "Criámos inúmeras situações, eu já conheço a Diana há imenso tempo, já jogámos juntas, reconheço os movimentos dela. O nosso trabalho, não só com a Diana, mas com todas as nossas colegas, é sabermos ler-nos umas às outras e, com a Diana, eu tenho essa sorte, porque damo-nos muito bem, também fora do campo. Na segunda parte, estávamos em completa sintonia". "Vamos tentar aprimorar as nossas capacidades durante os treinos , para podermos marcar mais golos juntas e ajudar a equipa a fazer mais golos", acrescentou.

Sobre o adversário que Portugal vai defrontar no domingo, Jéssica Silva revelou que ainda não houve oportunidade para estudá-lo em detalhe, mas deixou, ainda assim, um alerta: "Porque não estamos a jogar em casa, sabemos que todas as equipas são aguerridas e que Israel, tal como a Turquia, nos poderá criar algumas dificuldades. Temos que assumir o jogo e ir com a mentalidade certa para ganhar e levar os três pontos para casa. Por isso, o nosso foco é melhorar aquilo que fizemos no jogo anterior, focarmo-nos em nós próprias, tendo em atenção alguns aspetos de Israel, mas temos é de nos focar em nós e ganhar o jogo".

Após seis tentativas falhadas de apuramento para o Mundial, a atual fase de qualificação é encarada como um fator de motivação por Jéssica Silva: "É motivação. Podia dizer uma pressão boa, mas nem sinto isso. A única pressão que podemos sentir é que já estamos num nível em que não podemos baixar, temos que enfrentar estas seleções para ganhar. Queremos muito lá estar, devemos lá estar e temos de assumir essa responsabilidade, porque já mostrámos contra grandes seleções na nossa caminhada que temos qualidade para estar nas grandes competições. por isso, o nosso objetivo é mesmo estar no Mundial.”

A título pessoal, Jéssica Silva fez um balanço da sua primeira época no futebol norte-americano: “Posso dizer que está a correr bem, mas os Estados Unidos ainda não viram o melhor de mim. É um ano de adaptação, também, uma época após a lesão grave que tive e estou a conseguir restaurar os meus índices de confiança, estou a voltar a ser eu, a recuperar a minha velocidade e a magia dentro de campo".

"O campeonato dos Estados Unidos é dos mais competitivos e isso nota-se na classificação de todas as equipas e quero recuperar todas as minhas capacidades e estou a conseguir. Acho que este foi um ano de transição, a época está a acabar, mas estou bem, estou feliz, estou entre as melhores, a jogar com elas, e tem sido muito divertido, também, estar num país com uma dinâmica completamente diferente, estou a aprender e a ser feliz, que é o mais importante”, reforçou.