Selecionador Nacional analisa a derrota frente à Coreia do Sul. Conheça também as reações dos internacionais portugueses.
Fernando Santos em discurso direto:
"É uma desilusão. Fizemos coisas boas, mas depois alternámos com o menos bom. Mas pode ser um alerta, pode ser um alerta.
Perdemos intensidade na segunda parte. O adversário começou a ganhar mais duelos, e na segunda parte a equipa foi de muitos altos e baixos. Na primeira parte não os deixámos contra-atacar, mas na segunda a circulação de bola foi mais lenta, muito individualizada. Alertei ao intervalo que, quando explorávamos a profundidade, estávamos a criar perigo, jogar curto não dava, mas na segunda não o conseguimos fazer. As coisas não correram bem e a responsabilidade é minha, obviamente.
Já tinha acontecido frente à Sérvia e os jogadores sabem perfeitamente que não pode acontecer, estão mais do que avisados para isto. Não pode acontecer! Talvez pela ansiedade de querer fazer o golo, meter a bola rápido, enfim, vamos ver isso com os jogadores.
A moral estava em alta e vai abanar um bocadinho, o que é normal, mas por outro lado isto será uma chamada à razão. Este grupo está muito focado e vai entender isto mais por esse prisma, temos de continuar a ser iguais ao que fomos até aqui. Nunca podemos abrandar, num Mundial qualquer adversário é muito perigoso”.
Ricardo Horta, autor do único golo de Portugal, em discurso direto:
“Estes jogos numa competição muito equilibrada são assim. Não era o resultado que queríamos, mas o objetivo foi alcançado, que era passar em primeiro.
Queríamos vencer, jogar melhor, sobretudo na segunda parte, mas defrontámos uma boa equipa que fez tudo para passar. Estão duas boas equipas na próxima fase.
[Sobre o golo] É um sonho disputar uma competição destas, e na minha primeira vez marcar logo um golo foi muito bom. Estou satisfeito pela minha estreia”.
O capitão Cristiano Ronaldo em discurso direto:
"[Sobre as declaraçõe sproferidas no moemnto da substituição] O que aconteceu foi que antes da substituição, um jogador da Coreia do Sul quis que saísse rápido, mandei-o calar porque ele não tem autoridade nenhuma, o árbitro é que tem de me dizer. Mas não tem de haver polémica, é o calor do jogo. Independentemente do que acontece, as coisas ficam dentro de campo.
Temos de estar unidos, estamos na próxima fase. Jogadores e todos os portugueses devem estar confiantes, queremos muito passar, e é o que temos de tentar fazer.
Ninguém gosta de perder, mas sabíamos de antemão que estávamos qualificados. Tinha de haver quase um milagre para não passarmos. Queríamos muito ganhar, não conseguimos. A Coreia teve mérito, e temos de aprender. Espero que possamos aprender com esta derrota, para no próximo jogo, que é ‘mata-mata’, ganharmos."
O estreante António Silva em discurso direto:
“Acima de tudo, faltou sermos um bocado mais Portugal. Faltou-nos alguma velocidade no último terço, sendo que foi dessa forma que fizemos o golo. Depois, a Coreia do Sul acreditou e empatou de bola parada. Já no final do jogo, através de uma transição a partir de outra bola parada, acabou por fazer o 2-1.
Estamos tristes, mas seguimos dentro do Campeonato do Mundo. Acabámos no primeiro lugar [do Grupo H] e vamos para os oitavos de final com a maior ambição possível.
[estreia pessoal no Mundial] Acho que hoje isso não interessa muito. O que interessa é o desempenho da equipa, que não foi tão bom. É dar a volta por cima no próximo jogo”.
O internacional português Vitinha em discurso direto:
“Primeiro, o que importa é o coletivo. Saímos com uma derrota. Não era o que queríamos, pois queríamos fazer o pleno no grupo e chegar aos nove pontos. Tínhamos todas as condições para isso, depois de termos feito dois jogos capazes [face a Gana e Uruguai]. O resultado acaba por ser ditado por dois pormaiores.
Não podemos facilitar nem dar de barato. Certamente, vamos preparar os oitavos de final da melhor forma, tentando não darmos estes erros nem estas abébias aos adversários.
[estreia pessoal no Mundial] Entrei em campo para fazer o meu máximo e procurei estar concentrado em ajudar a equipa. É só nisso que me concentro. Se tenho continuidade, isso cabe ao selecionador [Fernando Santos]. Estou focado em ajudar a nossa equipa”.
Diogo Dalot, autor de uma assistência, em discurso direto:
"Teria sido melhor se tivéssemos ganho o jogo. Sabíamos que ia ser um jogo complicado, com uma Coreia a lutar para passar. Entrámos muito bem, com determinação, a querer jogar para a frente. Depois, baixámos um bocadinho os ritmos e os sul-coreanos ganharam motivação. Podíamos ter controlado melhor o jogo, mas serve para aprender.
Temos um grande jogo na terça-feira e temos de nos preparar para isso.
Nem sabia do resultado do Uruguai ao intervalo. Estávamos só focados no jogo. Queríamos muito vencer, não gostamos de perder, mas realçar que passámos em primeiro, que era o objetivo. Temos de olhar para o jogo como uma aprendizagem e retificar, depois”.