Ana Seiça alerta para o poderio do próximo adversário da Equipa das Quinas, mas não perde a confiança em Portugal: "Não há impossíveis em futebol".
A Seleção Nacional voltou a treinar, esta sexta-feira, em Auckland, poucas horas depois de ter somado o seu primeiro triunfo no Mundial, frente ao Vietname, por 2-0.
As titulares do encotro com as vietnamitas fizeram recuperação ativa no ginásio, enquanto as restantes jogadoras trabalharam com bola no relvado. Exceção feita para Fátima Pinto, que continua em tratamento, depois de ter sofrido um traumatismo no joelho direito, na ronda inaugural frente aos Países Baixos.
Antes dos preparos, a defesa Ana Seiça esteve à conversa com os jornalistas e revelou que a Equipa das Quinas já está focada nos Estados Unidos, seu adversário na 3.ª jornada do Grupo E.
"É um momento histórico para nós e para os portugueses. A primeira vitória, os primeiros golos, sensações muito boas dentro de campo. Deu para festejar, claro que sim. Nas 24 horas após o jogo ou fazemos luto ou fazemos festa. Neste caso fizemos festa e agora já estamos focadas nos Estados Unidos", referiu.
Desafiada a comentar o elevado número de jogadoras utilizadas por Francisco Neto no Mundial [um total de 22], a central foi clara: "É muita jogadora em estreia. Significa que há confiança em todas as jogadoras do plantel".
Em relação à sua estreia no Mundial, comentou que "é muito bom poder ter a confiança do treinador, mas mais satisfatório é o facto de Portugal ter ganho". "Ontem, o jogo correu bem à equipa. Fico muito feliz por ter estado dentro de campo e ter dado o meu contributo", reconheceu.
Na antevisão do embate com as norte-americanas, Ana Seiça fez notar que Portugal "só depende de si próprio", exatamente como desejava. "É a derradeira jornada mas, tal como dissemos, queríamos chegar à última jornada da fase de grupos a depender só de nós. Conseguimos esse objetivo e agora vamos fazer tudo para contrariar os Estados Unidos", disse.
Ana Seiça acrescetou que as internacionais portuguesas têm "consciência da dimensão dos Estados, que são a maior potência no futebol feminino", mas também têm "confiança no nosso trabalho e no crescimento que a equipa tem vindo a ter", reforçou.
A possibilidade de apanhar pela frente a atacante Alex Morgan não assusta Ana Seiça, pe.o contrário: "Olhamos para as individualidades dos Estados Unidos, mas também para o coletivo. Há nomes que, se calhar, pesam, mas nós entramos sempre da mesma forma: sem olhar a nomes e camisolas, sempre focadas no nosso jogo."
Ainda sobre o embate com as bicampeãs mundiais, que não perdem em fases finais do Campeonato do Mundo desde 2011, a defesa lusa frisou que "não há impossíveis em futebol". "O jogo são 90 minutos e tudo pode acontecer. Muitas vezes a nossa força e querer podem fazer a diferenla, os 'underdogs' podem surpreender. Vamos trabalhar e preparar a melhor estratégia possível para conseguimos vencer os Estados Unidos e passar à fase seguinte", explicou.