"O atleta de elite como inspiração" foi o último tema da conferência

Football Talks

Andreia Santos, Janice Silva, Miguel Monteiro e Tomás Appleton abordaram o assunto

No âmbito do programa de comemorações dos seus 110 Anos, que se celebraram a 31 de março de 2024, a Federação Portuguesa de Futebol organizou, na Cidade do Futebol, esta quinta-feira, o Football Talks + Extra Time “Desporto para Todos”.

Juntando personalidades da Sociedade Civil, responsáveis das principais Federações Desportivas do País e atletas de elite, o Football Talks + Extra Time “Desporto para Todos” constitui um convite à reflexão de forma diferenciada sobre o papel do Desporto na Sociedade e sobre alguns dos desafios e oportunidades que se lhe apresentam atualmente.

A última mesa-redonda do dia, moderada pela jornalista Ana Sofia Matos, juntou os atletas Andreia Santos, Janice Silva, Miguel Monteiro e Tomás Appleton para aprofundarem o tema "O atleta de elite como inspiração".

Andreia Santos, atleta olímpica, falou da resiliência do atleta para atingir o que pretende: “toda uma questão de sonho, de realidade pessoal. Existe treino todos os dias, tenho de treinar sempre. O atletismo em Portugal não nos permite viver só disso. Temos de conjugar com outras atividades, sem nunca desistir desse sonho”.

Janice Silva, internacional portuguesa de futsal, afirma que “o futsal não dura para sempre, temos de ter sempre o segundo plano. Sei que no futuro conseguirei acabar a escola, acabou por dar tudo certo depois de sair para jogar para fora, voltei a estudar e sei que terminarei a licenciatura”.

A jogadora do SL Benfica e da Seleção Nacional quer criar oportunidades para os mais jovens: “eu vim de um bairro social na Amadora, nós temos jovens com imenso talento, mas nós dentro do bairro social não temos muitas possibilidades. Hoje os jovens não têm atividades como tinham para se ocuparem. O meu objetivo neste momento é criar essas possibilidades porque é muito fácil para os jovens seguirem maus caminhos”.

Já Miguel Monteiro, atleta paralímpico, iniciou a sua intervenção por contar um pouco a sua história de visa e como alia as duas partes da sua visa: “a preparação para os jogos olímpicos e a universidade tem sido desafiante, mas quando se quer muito uma coisa, fica mais fácil de o conciliar. Comprometendo com o trabalho. Foco, determinação e trabalhar bastante para isso”.

No entanto, Miguel entende que “a nível de apoios estamos bastante melhores do que há algum tempo, mas não está a ser acompanhamento com a captação de novos talentos.”

Por fim, foi a vez de Tomás Appleton, capitão da seleção nacional de râguebi a exaltar a determinação dos atletas de elite: "uma das coisas que temos é o desporto que nos molda muito enquanto pessoas, quando temos objetivos vamos até ao fim. Defini os meus objetivos muito cedo.”

O "lobo", médico-dentista e ainda aluno de medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, conta como consegue conciliar tudo isto: “quando chegamos à seleção, muitos de nós que não somos profissionais, tiramos férias, acaba por ter muito um jogo de cintura, sempre com um grande amor à camisola. O desporto molda-nos e torna-nos muito determinados”.

Appleton não esquece a parte mental: “quando entramos no desporto de alta competição, todos os detalhes contam. O mental é a parte fundamental do nosso treino, na seleção temos um acompanhamento psicológico constante o que é fundamental”.


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4 de Abril 2024
Foto

FPF / André Sanano

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