Vitória por 3-2 conseguida já nos últimos minutos
O Lusitânia Lourosa venceu, nesta manhã de domingo, o Anadia FC, por 3-2, num jogo vivo e emocionante, e com a reviravolta a acontecer já nos últimos minutos. A equipa da casa soma, assim, os seus primeiros três pontos nesta edição da Liga 3 Placard, com esta vitória arrancada a ferros, enquanto o seu adversário de hoje ainda não conseguiu pontuar.
O Lusitânia de Lourosa entrou forte e decidido, autoritário e confiante, a jogar ao ataque, dando largura ao seu futebol, e com uma grande vontade para chegar, bem cedo, ao golo. A sua equipa assumiu, pois, as rédeas do jogo, recorrendo a uma exibição séria e comprometida, e empurrou o adversário para o seu meio campo, que, nesta primeira fase, não teve qualquer hipótese de reação. Diogo Pereira, logo no primeiro minuto, pôs à prova a atenção de Tiago Martins - o médio disparou forte, à entrada da área, de pé direito, e o guarda-redes do Anadia defendeu com grande dificuldade.
Os visitantes, que recorreram nesta primeira fase a um sistema tático defensivo assente no 4x5x1, revelaram alguns problemas para controlar e segurar o bom jogo contrário, mas também deve ser dito que, aos poucos, se libertaram dessas tarefas defensivas, e começaram então a aproximar-se da baliza de Cioletti. Exemplo concreto, Leandro Tipote, em cima do quarto de hora, isolou Yan, valendo a pronta intervenção de Cioletti, que, com uma saída rápida da baliza, anulou o lance.
Apesar desta boa iniciativa dos visitantes, o Lourosa mandava no jogo e no adversário, e só a espectacular defesa de Tiago Martins (22’) impediu o primeiro golo - o cruzamento de Nhayson saiu perfeito e Miguel Pereira cabeceou, na área, em zona frontal, para uma ótima defesa. Pouco depois, surgiu o golo de abertura, marcado pelo lateral Nhayson que, na grande área, à meia-volta, de pé direito, rematou com êxito, e na sequência de um pontapé livre.
A vantagem conseguida pelos locais, que se justificava nesta fase do jogo, não durou muito, pois Leandro Tipote chegou ao empate, só seis minutos depois, com mais um bom golo. O médio Bé solicitou Tipote, que, com um longo sprint, ganhou o duelo a um adversário, e, já na área, rematou na diagonal, de pé direito, para o 1-1.
O Anadia cresceu com o golo do empate, repartindo muito mais o jogo, e, com surpresa, voltou a marcar, ainda antes do intervalo, desta vez por Yan (45’+1’), e depois de mais uma excelente jogada de Leandro Tipote pelo corredor direito, numa fase em que o L. Lourosa jogava com menos um - um dos seus centrais, Silvério, estava a ser assistido, acabando inclusive por ser substituído. O Anadia dava assim a volta ao resultado no fecho da primeira parte, colocando alta pressão no seu adversário para os últimos 45’.
Como lhe competia, o Lusitânia de Lourosa voltou a assumir a iniciativa do jogo nesta fase decisiva, procurando assim chegar ao empate. A sua equipa teve um bom volume de jogo ofensivo, é um facto, passando grande parte do tempo no meio campo contrário, mas com algumas dificuldades para encontrar soluções válidas para vencer a defesa contrária. O Anadia FC fechava bem os caminhos para a sua baliza, revelando boa solidez, e cada um dos seus jogadores sabia o que fazer em cada momento do jogo. Os locais tiveram, no entanto, uma excelente ocasião para chegar ao empate, mas o seu avançado Goba Zakpa (67’) falhou um penalty - o remate, de pé esquerdo, saiu por cima da barra.
O poder ofensivo dos locais saiu reforçado, nos últimos 20’, com um ataque permanente à baliza de Tiago Martins. O treinador do Lourosa já tinha dado frescura ao seu ataque, com as entradas de Doria e Avto (59’) numa primeira fase, e já com João Vasco em campo desde os 46’, mas todas as tentativas não estavam a resultar. Do lado contrário, procurava-se segurar a tímida vantagem, com o reforço da sua defesa, e, nos últimos minutos, Bruno China recorreu a mais um central, três no total, com a entrada de Junilson Cá.
Apesar do reforço da sua retaguarda, o Anadia acabou por sofrer o 2-2, aos 88’, com um excelente golpe de cabeça de Valente, a cruzamento de Miguel Pereira, e, já no período de compensação, João Vasco desfez a igualdade, com mais um golo de cabeça, desta vez na sequência de um cruzamento de Doria.
A equipa da casa chegava assim à vitória, nos últimos minutos, e os seus primeiros três pontos conquistados nesta edição da Liga 3 Placard justificam-se com o grande atrevimento e a grande força de vontade manifestada por toda a sua equipa perante um adversário que fracassou defensivamente nus últimos minutos.
Confira aqui os resultados e as classificações
LUSITÂNIA LOUROSA 3-2 ANADIA FC (1-2 ao intervalo)
Liga 3 Placard
Série A
Jornada 2
Estádio Lusitânia de Lourosa FC
Árbitro: Bruno Rebolho
Árbitros assistentes: Emanuel Henriques e Ricardo Luz
Quarto árbitro: Bruno Fragoso
LUSITÂNIA LOUROSA: Cioletti, Nhayson (Diogo Castro, 75’), Silvério (Dylan, 45’+2’), Henrique, Goba Zakpa, Miguel Pereira, Valente (Cap.), Diogo Pereira (João Vasco, 46’), Mesquita, Cerveira (Avto, 59’), Renato (Doria, 59’).
Suplentes não utilizados: Ricardo Moura, Bruno Faria, Miguel Teixeira, Lucas Villela.
Treinador: Carlos Felisberto
Disciplina: cartão amarelo para Mesquita (22’), Valente (51’).
ANADIA FC: Tiago Martins, Nuca, Diogo Izata ( Cap.), Leandro Tipote, Daniel Liberal, André Mendy (João Filipe, 90’+2’), Miguel Vilela, Jean Sinisterra (Junilson Cá, 82’), Bé (Zimbabwe, 71’), Patrick, Yan (Mathiola, 90’+2’).
Suplentes não utilizados: Miguel Santos, Nathan Rodrigues, Rui Silva, Leandro Cruz.
Treinador: Bruno China
Disciplina: cartão amarelo para André Mendy (56’), Bruno China (treinador) (63’), Nuca (65’ e 90’+4’)), Yan (70’); cartão vermelho para Nuca (90’+4’).
Golos: 1-0 (Nhayson, 25’), 1-1 (Leandro Tipote, 31’), 1-2 ( Yan, 45’+1’), 2-2 (Valente, 88’), 3-2 (João Vasco, 90’+1’).
Homem do jogo: Miguel Pereira ( L. Lourosa).
Miguel Pereira (Lusitânia Lourosa) em grande destaque
O avançado do L. Lourosa atacou muito e quase sempre bem, com boa intensidade, e foi um dos grandes responsáveis por esta primeira vitória. Miguel Pereira teve um momento alto no jogo, ao assistir Valente no 2-2. Foi um dos mais inconformados e um dos que mais procurou a reviravolta, como acabou por acontecer.