Selecionador Nacional e Rúben Dias fizeram a antevisão do jogo com a Escócia
O Selecionador Nacional, Roberto Martínez, e o internacional Rúben Dias fizeram, esta tarde, na Cidade do Futebol o lançamento da partida frente à Escócia, a realizar, domingo, às 19h45, no Estádio da Luz.
Portugal, recorde-se, estreu-se na Liga das Nações, no grupo A1, com uma vitória frente à Croácia, por 2-1.
A Polónia, que venceu a Escócia, por 2-3, na 1ª jornada, é a outra equipa do grupo.
Roberto Martínez, em discurso direto:
"Os nossos jogadores conhecem a intensidade do futebol britânico. A Escócia tem isso. Muita intensidade, ataques rápidos, experiência. Conhecemos a diferença, mas a Escócia é objetiva, vertical, mas tem qualidade para manter a bola. Os dois últimos jogos mostram que quer ganhar. Perde os últimos jogos depois do minuto 90. É objetiva, tem jogadores de nível. É a primeira vez que há jogadores na Serie A, na Premier League... São de experiência e talento. Não é só uma equipa britânica, uma equipa física, mas uma equipa que tem muitas valências e o jogo será muito competitivo. Preparámos isso"
"Precisamos relembrar que no estágio de março usamos jogadores diferentes, porque faz parte da minha forma de trabalhar. O trabalho no treino e no jogo é importante, mas descansar também. Para impedir fadiga mental e física. Faz parte. Não para um jogador, mas para todos. Os minutos não são os mesmos. Pela minha experiência em seleções sei que é muito importante. Vamos continuar a trabalhar na mesma linha"
" A Escócia tem dois jogadores que estão a jogar fora. Isso muda a mentalidade, quando vais para fora, quando tens de encontrar forma de estar forma. O futebol italiano vai levar o futebol escocês a outro nível. Obviamente há outros, como o Andrew Robertson também, alguns jogadores na Premier League. O número de jogadores que têm na Premier, diz bem do trabalho"
"Todas as seleções podem desenvolver-se quando têm o mesmo treinador, quando têm experiências. O problema é não partilhar o feeling do dia seguinte à vitória, criar um balneário... Quando vemos a equipa, é claro o que querem fazer. Steve Clarke conhece os jogadores. O jogo com a Espanha será sempre o destaque. Mostra bem o que foi feito. Esta equipa escocesa é muito competitiva, mas que trabalha com clarividência do que o Steve quer"
"O António Silva está muito bem. Foi uma boa notícia ver a energia e força do grupo. Todos estão com uma frescura e energia. No António não vi fadiga, nem um problema. Entrou num período importante no jogo e fez um bom desempenho. Acreditamos totalmente no seu talento, mas na capacidade de utilizar esse período para melhorar e acho que está preparado"
"Posso falar do processo. É merecer chegar à Seleção. Quenda, Tiago Santos e Renato Veiga fizeram isso. A idade não é um critério. Posso dizer agora que o Quenda, Tiago e Veiga vão estar na lista. Depois minutos ou não, há muitas decisões em relação ao jogo, ao que está a acontecer. Temos dois jogadores na mesma posição. Há muitos aspetos a considerar. Mostrou durante os treinos que está preparado para jogar na Seleção"
"Podemos ter mais mudanças além do Vitinha, porque com dois jogos em 72 horas precisamos de proteger os jogadores, de repartir um esforço. Espero que com a nossa experiência possamos ajudar os jogadores para escolher um onze com os que estão fisicamente e mentalmente preparados para as exigências da Escócia. É uma equipa tipicamente britânica, forte no aspeto físico, com ataques muito rápidos. Precisamos de proteger e escolher os nossos jogadores"
"Está a deixar de fora o Ruben Neves também... Temos muitas opções. O João Neves entrou na segunda parte, mas o Palhinha foi muito importante com França. Temos opções. Podemos utilizar o Bernardo, o Bruno. Com a nossa flexibilidade podemos mudar jogadores em função do que precisamos do jogo. Hoje não posso falar do onze inicial, é o segundo treino, temos de avaliar e a decisão é em relação à forma que os jogadores têm. Para ter uma equipa equilibrada amanhã"
"Ter uma mulher escocesa não é o problema, o problema são os sogros. Já tive essa experiência. Agora é mais fácil, porque as duas seleções podem apurar-se. Agradeço o formato da Liga das Nações, pois podemos ter os sogros contentes e ganhar o jogo também"
"Acho que marcar 900 golos não é fácil. É um feito histórico, incrível, uma inspiração para o futebol. Mas para mim, como selecionador, o importante é o porquê de ter marcado. Foi o desempenho, que foi muito bom, cheio de inteligência. É o nosso ponta de lança, mas não é só golos. É importante marcar, é um número para o futuro, para falar disso para sempre, mas para nós é o agora. O agora é o desempenho que teve com a Croácia. Foi muito importante para abrir espaços e ganhar. E trabalhar para a vitória."
Rúben Dias, em discurso direto:
"Jogos diferentes, mas de bom nível. A Croácia tem uma capacidade acima da média para ter a bola. A Escócia tem mais um futebol mais direto. Adversidades diferentes e temos de estar preparados".
"Quanto mais favorável tornarmos o caminho, melhor. Queremos fazer os pontos todos em casa e se queremos terminar em primeiro, é sempre importante vencer"
"Porque os conhecemos temos uma compreensão geral do que podem trazer ao jogo. Não vai ser fácil e temos de estar num bom nível para conseguir os 3 pontos".
Como é óbvia nenhuma seleção vai apresentar o mesmo nível de jogo que os clubes. Jogo no Man. City e uma das melhoras equipas do mundo e é o reflexo do trabalho de um ano inteiro. É injusto comparar isso com a Seleção. Vimos de clubes diferentes e com ideias diferentes e juntamo-nos algumas vezes por ano. Tentamos o nosso melhor, mas é injusto comparar o nível de clube com o nível de seleção".
"Essa conclusão de que poderímaos querer evitar lesões só se chega após o jogo, mas durante isso não nos passou pela cabeça. As duas equipas, Portugal e Croácia, sabem ter a bola e o jogo é controlado por isso, daí que haja menos contacto físico. Desse ponto de vista, é a altura da época que é, mas a nível de seriedade e agressividade não há alturas em que diferenciem. Quem não estiver a lutar por nada, não está aqui a fazer nada.
"Sinto que tenho a vida inteira à minha frente ainda. É bom ver que o que está para trás foi bom, mas contas só no final da carreira. Tendo o exemplo do Pepe, só me dá asas para sonhar e sentir que não há limites. Tenho muitos anos e muitos sonhos pela frente".