FPF e Comité Paralímpico reuniram para discutir futuras formas de cooperação e de participação em projetos desportivos e de responsabilidade social.
Na reunião que juntou, na Cidade do Futebol, quinta-feira, o Presidente da FPF, Fernando Gomes, e o Presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Lourenço, foram discutidas futuras formas de cooperação entre o organismo que tutela o futebol português e os paralímpicos portugueses.
Enquadrado numa crescente envolvência da FPF na prática de futebol por jogadores portadores de deficiência física ou mental, o encontro serviu para discutir uma possível entrada da FPF no Comité Paralímpico e a discussão do tipo de apoio que a FPF poderá prestar na área da organização de competições ou até na prática de futebol adaptado recreativo ou de lazer.
Em declarações ao fpf.pt, José Lourenço fez o balanço da visita efetuada ao quartel-general da FPF: “Por um lado, quisemos convidar formalmente a FPF a integrar o Comité Paralímpico. É uma das grandes federações desportivas portuguesas, temos 34 federações integradas na nossa organização e naturalmente sentimos a falta da FPF no nosso seio. Por outro lado, estivemos a analisar em conjunto as possibilidades que existem no que diz respeito ao desenvolvimento das várias áreas de deficiência que existem nas modalidades que a FPF tutela, seja no futebol e futsal para cegos, para surdos ou para portadores de paralisia cerebral. Conversámos e existem vários pontos de convergência que nos permitem ter esperança para o futuro”, explicou
Fernando Gomes mostrou-se igualmente otimista em relação ao diálogo com o Comité Paralímpico de Portugal: “Estamos a dar continuidade a um processo que se iniciou há dois anos e que agora continua com o novo Presidente do Comité Paralímpico, José Lourenço. Estamos a analisar a possibilidade de interligar a atividade da FPF no desporto adaptado que está integrado no Comité Paralímpico. É um dos nossos compromissos para o desenvolvimento desportivo e é igualmente um compromisso das nossas Associações Distritais que têm levado a cabo diversas ações dessa índole. A nossa disponibilidade e abertura é total até por termos a responsabilidade social como um dos nossos princípios identitários. Também discutimos como é que podemos potenciar ainda mais estas atividades e de que forma poderemos articularmo-nos com o Comité Paralímpico, analisando inclusivamente a possibilidade de nos filiarmos nesta organização. Foi uma troca de opiniões e visões que vamos aprofundar. Queremos as pessoas com deficiência a praticar futebol e inclusivamente colocamos a hipótese de organizar as nossas próprias competições”, concluiu o líder federativo.