Jogo da sétima jornada da Liga 3 Placard

Ol. Hospital e Lusitânia empataram, a um golo, nesta manhã de domingo, num jogo intenso e disputado e com quatro expulsões - duas para cada uma das equipas. U. Baldé fez o 1-0 já na despedida do jogo (86’), mas Nico, no último suspiro (90’+7’), resgatou um ponto para os açorianos, num desafio onde o guarda-redes João Monteiro esteve em bom plano e não só pelo penalty defendido ainda na primeira parte.

O Ol. Hospital entrou em campo com a máxima força de vontade, atacando o jogo e o adversário com razoável intensidade, recorrendo a um futebol prático e simples, e, com tal atitude, conseguiu empurrar os açorianos para o seu meio-campo, que, sem qualquer dificuldade, souberam encontrar as melhores soluções para evitarem situações embaraçosas junto da sua grande área.

Aos poucos, os visitantes conseguiram dar um impulso criativo ao seu jogo, o mesmo dizer que se atreveram mais no terreno de jogo, obrigando, assim, os locais a uma maior atenção na proteção da sua área. Tanto de um lado como do outro houve uma nítida intenção em desfazer o 0-0, mas o que é certo é que as oportunidades de golo não surgiram e essencialmente por este motivo: as defesas revelaram-se atentas e coesas, disciplinadas e bem organizadas.

Em cima da meia hora de jogo, um gesto inesperado de Cabral - agrediu Nascimento - valeu-lhe o respetivo cartão vermelho, o que contribuiu para que, a partir daí e até ao intervalo, a sua equipa tivesse passado por alguns problemas, o que foi compreensível. O Ol. Hospital voltou a investir com toda a determinação no ataque, obrigando, assim, o adversário a uma defesa reforçada, e, por fim, lá conseguiu duas boas situações para chegar ao golo. Varela, aos 35’, aproveitou o erro de um defesa, mas o seu remate saiu sem direção. Só cinco minutos depois, os locais tiveram no pé direito de Nascimento a sua melhor oportunidade - o defesa central, na conversão de um penalty, permitiu uma espectacular defesa do guarda-redes João Monteiro.

O treinador Rui Santos fez três alterações de uma assentada, logo aos 46’, procurando, assim, dar uma maior e melhor agressividade ao seu ataque, mas, e apesar das suas boas intenções, os seus jogadores não corresponderam e sobretudo por esta razão: o seu futebol ofensivo foi bastante previsível, o que contribuiu para que a defesa açoriana não tivesse sequer permitido oportunidades de golo.

As preocupações da Lusitânia agravaram-se, aos 57’, quando Ricardo Isabelinha foi expulso, o que significa dizer que a sua equipa ficou a jogar com menos dois atletas. Mas essas preocupações, num ápice, foram suavizadas, quando os locais, no espaço de 2’, também ficaram a jogar com menos dois - expulsões de Pablo e Brás.

A partir dessa altura (66’), e num jogo de 9x9, houve maior equilíbrio, com a bola ora numa área ora na outra, mas sempre com os locais mais espeditos, numa atitude que acabou por dar os seus frutos, quando U. Baldé (86’) fez o 1-0, a concluir, já na área, uma boa jogada pelo flanco direito.

Pouco depois, João Cardoso rematou ao poste, num momento de aparente desnorte dos açorianos, que, na última jogada chegaram ao golo do empate - Nazarit desenvolveu uma boa jogada pelo flanco direito, cruzando para a área, e aí surgiu Nico a encostar para o empate.

OL. HOSPITAL, 1  SC LUSITÂNIA, 1 ( 0-0 ao intervalo)
Liga 3 Placard, série A 2024/25
Jornada 7
Estádio Municipal de Tábua
Árbitro: Daniel Vale
Árbitros assistentes: Ricardo Ferreira e André Duarte Quarto árbitro: Hugo Gonçalves

OL. HOSPITAL: Bruno Miguel, Varela (U. Baldé, 79’), Brás ( Cap.), Grácio (Tomás Silva, 70’), Neiva, Fajardo (Michel, 46’), Luís Pinheiro, Sousa (João Cardoso, 46’), Nascimento (Carreira, 46’), Mairlon, Pablo.
Suplentes não utilizados: Lucas, Manu, Bernardo, Wilson.
Treinador: Rui Santos
Disciplina: cartão amarelo para Nascimento (22’), Sousa (28’), Grácio (28’), Pablo (50’ e 64’), Brás (53’ e 66’); cartão vermelho para Pablo (64’) e Brás (66’).
SC LUSITÂNIA: João Monteiro, Bernardo, Caio (Celso, 46’), Amaral, Breno, Ricardo Isabelinha, Pedro do Rio (Bavi, 59’), Lega ( Cap.) (Nico, 73’), Cabral, Azi (Diogo Martins, 59’), Edu (Nazarit, 84’). 
Suplentes não utilizados: Diogo Sá, Semedo, Rafa, Ferrara.
Treinador: Pedro Costa
Disciplina: cartão amarelo para Diogo Sá (36’), Amaral (50’), Nico (81’), Diogo Martins (90’), Nazarit (90’+2’); cartão vermelho para Cabral (31’) e Ricardo Isabelinha (57’).
Golos: 1-0 (U. Baldé, 86’), 1-1 ( Nico (90’+7’).
Homem do jogo: João Monteiro (Lusitânia)

O jovem guarda-redes, de 23 anos, que passou pelo Benfica, fez um jogo sério e competente, e foi um dos dois grandes responsáveis - o outro foi Nico - pelo primeiro ponto conquistado pela Lusitânia na situação de visitante nesta edição da Liga 3 Placard. Teve o  seu ponto alto, ao defender com grande classe um penalty apontado por Nascimento, aos 40’, e numa altura em que o jogo estava empatado a zero, e sua equipa jogava com menos um atleta.