Presidente da FPF na cerimónia de anuncio da organização do Mundial 2030
Um momento histórico para o futebol mundial foi marcado nesta quarta-feira, 11 de dezembro de 2024. Durante o Congresso Extraordinário da FIFA, Portugal, Marrocos e Espanha foram oficialmente designados como anfitriões do Mundial FIFA 2030.
O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes protagonizou duas intervenções ao longo da cerimónia, pautando ambas pela emoção, pelo orgulho e, acima de tudo, pelo sentido de responsabilidade perante a dimensão do feito alcançado.
O líder federativo sublinhou a complexidade da operação e manifestou orgulho pelo desfecho agora confirmado: “Foram dois anos exigentes e desafiantes, que se concluíram com uma avaliação que nos orgulha e reflete a exigência com que sempre assumimos este desafio! Marrocos, Portugal e Espanha ‘construíram’ uma candidatura diversa, multicultural e intercontinental. Por isso, uma candidatura histórica!”
Fernando Gomes assumiu também o compromisso da FPF no sentido de contribuir para um investimento pensado e devidamente planeado. "Não se trata apenas do que vamos deixar do ponto de vista material, mas dos princípios e convicções que assumimos e queremos deixar como legado! O futebol será o que nós façamos dele! Temos a obrigação de cuidar do futebol, de dar-lhe um sentido que inspire todos e não apenas aqueles que já vivem neste seu mundo muito próprio. Faremos um investimento racional. Um investimento com impacto social que permita alargar o número de praticantes, independentemente do género e idade", frisou.
“A votação e a confirmação da nossa candidatura como anfitriã do Mundial 2030 é uma decisão que honra a nossa história, reconhece a nossa capacidade de organização, premeia a ousadia de uma candidatura intercontinental diversa e multicultural”, vincou Fernando Gomes, reforçando a importância deste acontecimento: “É um momento histórico que vai permitir inscrever o nome de Portugal no restrito grupo de países que se podem orgulhar de ter organizado um Mundial de Futebol.”
Fernando Gomes assumiu “a obrigação de cuidar do futebol e de lhe dar um sentido que inspire a todos” e não apenas aos seus apaixonados: “O Mundial de Futebol deixou de ser apenas uma competição desportiva. O futebol passou a ser um palco de valores e é também nessa componente que estamos empenhados, em total sintonia com a vontade, princípios e requisitos da FIFA nesta matéria! Se estamos aqui hoje é porque todos nós acreditamos que o futebol tem o poder de tornar o mundo um lugar melhor.”
“Não há melhor oportunidade do que um Campeonato do Mundo para promover a diversidade, a inclusão, os direitos humanos como base e fundamento da competição, e a sustentabilidade como objetivo assumido”, assumiu o presidente da FPF, traçando novos desafios: “Queremos alcançar novos patamares em matéria ambiental. É na conjugação e na soma de todas estas vertentes que fomentaremos e cuidaremos do desporto mais global do planeta! Vamos celebrar a história da prova, ao mesmo tempo que cuidamos do seu futuro e da sua modernidade!”
Fernando Gomes manifestou uma palavra de agradecimento extensível a todas as entidades, instituições e personalidades envolvidas nesta operação. “Gostaria de expressar a minha gratidão à UEFA e ao seu Presidente, Aleksander Čeferin; ao Presidente da República de Portugal, ao Governo português, na pessoa dos Primeiros-Ministros António Costa e Luís Montenegro, aos municípios de Lisboa e Porto, que serão cidades-sede do Mundial; aos clubes proprietários dos nossos três estádios; e às demais entidades envolvidas, pelo incondicional apoio a este projeto.”
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol fez também questão de partilhar os louros com os responsáveis pela quota portuguesa deste sucesso. “Uma palavra devida ao Eng.º António Laranjo e a todo o comité de candidatura. A nota de avaliação reflete bem aquilo que foi o seu trabalho ao longo dos últimos anos! O futuro começa hoje! Obrigado a todos!”