Defesa fez antevisão da partida com a Noruega
O internacional português Diogo Dalot, que completa, esta terça-feira, o seu 26º aniversário, fez, em conferência de imprensa, na Cidade do Futebol, a antevisão da partida frente à Dinamarca, a contar para o play-off da Liga das Nações.
Diogo Dalot, em discurso direto:
"Felizmente, já tive a oportunidade de passar vários aniversários na Seleção porque calha sempre em data FIFA. Mesmo a partir dos sub-15 até à seleção principal fui estando presente, tive o privilégio de poder representar Portugal muitas vezes. Claro que agora é uma sensação especial e tem um peso diferente. O Diogo hoje é mais responsável, mais maduro, representa uma seleção grande e um clube bom. Temos vindo a crescer como país, seleção e grupo. A expectativa vai aumentando. Acho que é importante para os jogadores poderem evoluir. Temos noção que os portugueses esperam muito de nós, o mundo também começa a esperar muito de nós. É sinal que a Seleção e o país estão a crescer. Espero poder passar muitos mais aniversários na Seleção. Melhor prenda? Vencer os dois jogos que temos pela frente".
"A partir do momento em que saiu o sorteio, há sempre a conversa normal, a picardia. Ainda esta semana, brincámos com o facto do Hojlund ter feito golo, algo que já não fazia há algum tempo. Dissemos-lhe 'agora fazes uma pausa de uma semana e depois voltas a fazer golos'. É uma competitividade boa, mas a partir do momento em que entramos em campo deixamos de ser colegas de equipa. Faz parte do futebol. Tempo de jogo? É algo que, durante a minha carreira, vim a lutar para poder ter, conseguir fazer vários jogos seguidos, aguentar um calendário tão exigente. Sinto-me bem, tento fazer as coisas da melhor maneira para recuperar bem. E se o mister decidir, estarei pronto para fazer os jogos".
"Penso que ainda está para vir o meu bolo de anos, normalmente é ao jantar... Vou deixar a resposta no ar e depois logo se vê. Ou para o mister, para o capitão ou para o aniversariante. Às vezes é para quem calhar... Sabemos que a Dinamarca é uma seleção difícil, têm muita vontade de poder lutar a cada jogo contra qualquer seleção. Utilizar o público também, acho que vão fazê-lo. Mas sabemos que se conseguirmos igualar essa energia, o querer, vamos conseguir competir. Se formos melhores e conseguirmos ser mais aguerridos, temos capacidade para vencer os dois jogos. Mas o primeiro são 90 minutos e temos de demonstrar isso, trazendo para Portugal uma vitória".

"Quando começamos a jogar futebol, sonhamos sempre alto. Queremos ser os melhores do mundo, ter acesso ao que tenho hoje. Mas à medida que vamos crescendo, vamos ficando com mais responsabilidades, vamos tendo outras atenções na parte tática, física. Há também o foco na parte de fora do jogo. Fui crescendo, tentando melhorar, estar mais preparado. Hoje, poder estar num clube grande e representar a Seleção era um objetivo e trabalhei muito para poder estar aqui. Agora olho para isto como uma responsabilidade de continuar a este nível, e isso dá muito trabalho. Requer muitas horas de dedicação e tento ao máximo priorizar isso para fazer uma longa carreira, se possível com sucesso".
"A sensação acaba sempre por ser essa por estarmos cá presentes. Sabemos que o ser jogador é sempre temporário, infelizmente não vamos jogar para toda a vida, especialmente neste nível. Sempre que estamos cá, há sempre esse 'feeling' de que ser jogador da Seleção é algo que nunca é garantido. É aproveitar ao máximo esse tempo e tentar fazer parte da história da Seleção Nacional. Vemos hoje jogadores que foram campeões da Europa, que venceram a Liga das Nações, e ter esse nome marcado nas conquistas é uma página muito bonita, uma conquista boa. Eu quero fazer parte disso. Estando cá, sendo este o meu tempo na Seleção, sinto que tenho de dar o máximo que puder para conseguir ganhar e poder estar na história de Portugal como um dos jogadores que conquistou títulos. Aposta? É privado...".
"É difícil ter mais adjetivos para descrever o Cristiano. Para mim, e acredito que para os meus companheiros, é um privilégio e um orgulho tê-lo aqui na Seleção, partilhar momentos com ele. Beber um bocadinho da experiência que tem, da carreira que tem vindo a demonstrar. Há essa sensação de querer vê-lo vencer competições grandes por Portugal, a vontade e o amor que tem demonstrado pelo nosso país não pode ser questionado. E nós utilizamos isso como exemplo. Seria uma história bonita no futebol português vê-lo ganhar o máximo que puder por Portugal. E acredito que todos queiramos estar ao lado dele em momentos desses".