Roberto Martínez: "desempenho não esteve ao nível que esperamos"

Seleção A

Selecionador nacional lamentou derrota mas mostra-se confiante na segunda mão, no próximo domingo.

O selecionador nacional, Roberto Martínez, abordou a derrota diante da Dinamarca, na primeira mão dos quartos de final da Liga das Nações:

"Foi a nossa pior exibição nos últimos dois anos, sem dúvida. Não tem a ver com o plano. Acho que, durante o jogo, não fizemos o que tínhamos de fazer para jogar com o ambiente, a agressividade da Dinamarca. Precisamos de jogos assim. Uma paragem de cinco meses, não entrámos com intensidade, a pressão da Dinamarca foi muito eficaz. Seria muito fácil para nós jogar bola longa e não tentar melhorar como equipa. Sofremos durante momentos. Acho que o Diogo Costa deu uma oportunidade para ir à 2.ª parte com confiança, acreditar, e com o apoio dos nossos adeptos vamos para o próximo jogo".

"Falta de intensidade, não ganhámos duelos, não antecipámos as zonas que a Dinamarca gosta de explorar, faltou o facto de não perder a bola em situações desnecessárias, faltaram linhas de passe. Faltou uma sintonia necessária. A atitude foi fantástica, mas o nosso desempenho não esteve ao nível que esperamos. Os jogadores estão focados em aproveitar o apoio de Alvalade para terminar o que temos de fazer".

"Foi um jogo fora de casa, é tentar reagir ao que a equipa da casa vai fazer. Somos uma equipa que precisa de controlar o jogo, ser agressivos, olhar para a baliza, tentar marcar golos. E faltou isso. A Dinamarca esteve muito bem organizada e com uma ideia clara: ataques rápidos, colocar quatro ou cinco jogadores na zona central, e nós chegámos tarde nos duelos. Mas a atitude e a intensidade defensiva individual, as ações do Renato, do Rúben, do Diogo Costa, permitem-nos ainda estar numa posição para poder lutar no segundo jogo".

Diogo Costa, em grande destaque esta noite, desde logo pelo penalty definido, também falou sobre o encontro:

“Foi um dia mau para a Seleção. Vamos muito a tempo de poder corrigir este jogo. Resta-nos treinar e preparar melhor o jogo.”

“Acho que não conseguimos praticar o nosso futebol. Jogámos mais o futebol que eles queriam do que o que nós queríamos. Por isso, correu mal. Mas temos de ir agora com tudo para levarmos o melhor para a Seleção.”

“Estudamos os batedores de penalties. Nunca vou com um lado decidido, é muito do cheiro de cada guarda-redes, e foi por aí. Senti que, no olhar dele, podia mandar para a minha direita e acreditei.”

“Claro que é possível darmos a volta à eliminatória. Temos uma seleção com imensa qualidade. Não é por um jogo mau que não somos bons. Não é por aí. Foi um dia mau, mas vamos à procura do melhor no próximo jogo.”

Também Rúben Dias falou aos jornalistas e apontou os erros a corrigir:

"Faltou intensidade, ganhar duelos e faltaram coisas para as quais vamos olhar agora. Há valores que são inegociáveis e ter intensidade e ganhar duelos são coisas inegociáveis."

Não nos apanharam de surpresa porque sabemos a qualidade que têm. Vamos olhar para a frente e se queremos preparar esta seleção e geração para ganhar em grande é com jogos destes e não com jogos mais fáceis e a brilhar em jogos que não têm tanta dificuldade. É aqui que temos de crescer e de ser bons."

Num jogo destes, não igualando a intensidade e agressividade nos duelos fica difícil competir porque do outro lado há uma equipa com qualidade. (...) Sem essa agressividade, nem o melhor plano do Mundo resulta."

Bruno Fernandes também lamentou o resultado, mas mantém viva a esperança em virar a eliminatória. 

"Tivemos pouca agressividade nos momentos de perda de bola, tínhamos de ter sido um pouco mais agressivos e nas movimentações com bola e precisávamos de mais bolas na profundidade, porque eles estavam a marcar homem ao homem e não podemos jogar com o Pedro Neto e o Rafael Leão e não explorar o espaço com a velocidade que eles têm."

"Não conseguimos mais pelo facto de querermos ficar com bola e forçar tanto o passe curto. Com a pressão da Dinamarca tão forte, tínhamos de ser mais inteligentes a encontrar o espaço interior para depois procura a profundidade e não fomos bons o suficiente. Eles foram bons na pressão e a obrigar-nos ao erro como no golo. Não fomos surpreendidos, sabíamos que são eles são agressivos e que iam entrar forte. Faltou agressividade e sermos mais fortes nos duelos, mais inteligentes a aproveitar a profundidade."

"Temos um jogo difícil pela frente mas queremos muito ganhar e em casa com o nosso publico temos a certeza de que vamos conseguir dar a volta ao jogo."


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