Ana Azevedo e Odete Rocha emocionadas na hora dos agradecimentos.
A Seleção Nacional de Futsal Feminino venceu, este sábado, a congénere de Itália, por 0-4, no terceiro e último jogo da Ronda de Elite de acesso ao Mundial 2025.
Ana Azevedo, Janice Silva (4'), Fifó (20') e Carolina Rocha (38') foram as autoras dos golos lusos.
No Palazzetto dello Sport "Corrado Roma", a Equipa das Quinas contou com a presença do vice-presidente da FPF, José Gomes.
Face a este resultado, Portugal termina a fase de qualficação invicto, com nove pontos e na liderança do Grupo A. Itália, Espanha e Polónia foram as outras duas nações europeias a carimbarem o passaporte rumo às Filipinas.
Montesilvano foi o quartel-general da Equipa das Quinas desde 16 de março, ficando situada na região de Abruzos, na província de Pescara, com cerca de 39 000 habitantes. O conjunto nacional regressa a Portugal este domingo, já com o objetivo cumprido e de olhos colocados no próximo desafio: o Campeonato do Mundo FIFA Filipinas 2025, de 21 de novembro a 7 de dezembro.
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No final desta emocionante partida, o técnico Luís Conceição, Ana Azevedo e Odete Rocha analisaram o desafio.
Luís Conceição, Selecionador Nacional, em discurso direto:
“Sabíamos que a Itália tem uma seleção muito boa, entramos muito bem, conseguimos finalizar as primeiras situações. Mas é principalmente a forma como encaramos o jogo, fizemos deste jogo uma final, fizemos três em três, conseguimos, tínhamos de entrar dessa forma no jogo, muito comprometidas, uma grande atitude, muita vontade em querer e o que lhes pedimos tinham de ser elas próprias.”
“Soubemos sofrer em momentos que tivemos de sofrer, soubemos sofrer como equipa e isso é o mais importante. Foram três semanas duras, de muita exigência, mas com um compromisso da parte delas fantástico, quando se quer muito a atitude delas facilita as coisas, foram fantásticas.”
“Temos de ser Portugal, as duas Anas, a Catarina e a Azevedo sofrem muito mais porque têm lutado muito para que as coisas aconteçam, têm outra idade, têm outra experiência, com um peso muito importante no grupo, duas das melhores do futsal mundial nos últimos anos. É importante para elas terminar desta forma e verem o que temos pela frente, no final do ano.”
“Uma coisa de cada vez, este foi o primeiro grande objetivo que era lá estarmos, ainda temos outro estágio no final da época em junho, depois na próxima época pensarmos no mundial. Podemos fazer coisas bonitas, mas estão lá seleções muito fortes, como o Brasil, Espanha, a própria Itália, Japão, Irão ou Argentina. Um conjunto de sete ou oito seleções, umas mais candidatas que outras, mas tudo seleções que podem fazer, num tipo de competição diferente. Vamos fazer a nossa parte, com o compromisso delas, a qualidade delas temos tudo para fazer coisas engraçadas por Portugal.”
Ana Azevedo, capitã lusa, em discurso direto:
“Um orgulho imenso, pelos três jogos que fizemos aqui, por aquilo que fizemos dentro de campo, pela imagem que deixamos de Portugal. Era isso que queríamos, sair em primeiro lugar com nove pontos, também dar uma imagem daquilo que nós somos e daquilo que podemos ser, quando esta equipa quer, todas juntas conseguimos muito.”
“Foi uma luta difícil, das atletas, de muita gente competem, tanto na Federação Portuguesa de Futebol, como nas outras federações, foi uma luta imensa, mas acho que acima de tudo cada uma de nós está orgulhosa de aqui estar e ter o privilégio de puder disputar o primeiro apuramento para o primeiro mundial. Eu e a Ana Catarina estamos aqui há 15 anos , se calhar por isso é que no final do jogo foi uma descarga de emoções. Sem dúvida alguma é um orgulho imenso de aqui estar, quero ainda deixar uma palavra aquelas que não conseguiram aqui estar e que tanto lutaram. Portugal somos todos e não se esqueçam disso.”
“Estamos nas Filipinas, era aquilo que nós queríamos, aquilo que lhes disse antes do jogo era o mais importante, que se quiséssemos todas conseguíamos, quisemos todas e está aí o resultado.”
Odete Rocha, guarda-redes portuguesa, em discurso direto:
“Nós tínhamos dois objetivos, a passagem às Filipinas e conquistar os nove pontos. Anteontem conseguimos a passagem às Filipinas, mas queríamos sair daqui com nove pontos, foi para isso que trabalhamos durante estas três semanas, não consigo saber o que me vai na alma, é um sentimento de felicidade enorme, de emoção e ter a certeza que temos duas pessoas fantásticas como
Ana Catarina e a Ana Azevedo que já andam nisto há muito tempo, que lutaram e trabalharam para termos o primeiro mundial, hoje foi o concretizar desse sonho para nós e, acima de tudo, para elas e por todo o trabalho que têm vindo a fazer.”
“Sejam quais forem as atletas convocadas, tenho a certeza que todas vão lutar para o mesmo. Estes três jogos foram também para as que não conseguiram aqui estar, quero ainda deixar uma palavra à Carolina Pedreira que esteve connosco no início, mas lesionou-se, esta vitória é também para ela e para todas as que vieram em todos estes estágios .”