Portugal garante Europeu e Mundial

Seleção Sub-17

Lusos batem Sérvia e apuram Portugal para duas competições de uma assentada

A Seleção Nacional Sub-17 garantiu a qualificação para as próximas edições do Europeu e do Mundial da categoria, graças ao sucesso alcançado na Ronda de Elite, disputada em solo luso, ao longo dos últimos dias.

A vitória perante a Sérvia, alcançada esta terça-feira, em Barcelos, garantiu o sucesso desta operação, liderada pelo Treinador Nacional Bino Maçães.

Gil Neves e Yoan Pereira deram vantagem a Portugal. Aleksa Damjanovic reduziu pelos sérvios, marcando aos 85 minutos, mas seriam precisos mais dois golos contrários para derrubar Portugal, já que o empate bastava para celebrar a qualificação. A dissipar qualquer dúvida, Anísio Cabral atirou para 3-1, aos 89 minutos, e selou a qualificação. Neste caso, as qualificações.

Será a sexta presença consecutiva de Portugal no Europeu de Sub-17 e a quarta no Mundial deste escalão, um patamar de excelência para o qual a nossa Seleção não se qualificava desde 2003.

O Europeu joga-se na Albânia, de 19 de maio a 1 de junho; o Mundial vai ser disputado no Catar, entre 3 e 27 novembro.

FICHA DE JOGO

SÉRVIA 1 - 3 PORTUGAL
Qualificação Europeu Sub17 – Ronda de Elite
Estádio Cidade de Barcelos

Árbitro: Ross Hardie (Escócia)
Árbitros Assistentes: Alastair David Taylor (Escócia) e Eoin Michael Harte (Rep. Irlanda)
Quarto Árbitro: Kevin O'Sullivan (Rep. Irlanda)

SÉRVIA: Radanovic, Petrovic (Novicic, 58'), Pejic, Soprenic, Skrjelj, Babic (Dokanovic'), Petrovic, Tomovic, Zecevic, Zaric e Radovic (Damjanovic, 70').
Suplentes não utilizados: Petric, Marinkovic, Vuk, Obradovic, Durovic.
Treinador: Radoslav Batak.
Disciplina: cartão amarelo a Skrjelj (51')

PORTUGAL: Romário Cunha, José Neto, Mauro Furtado, Martim Chelmik, Daniel Banjaqui, Bernardo Lima, Rafael Quintas [cap] (Santiago Verdi, 79'), Gil Neves (Yoan Pereira, 73'), Mateus Mide (Afonso Semedo, 90'), Anísio Cabral (Diego Coxi, 90') e Duarte Cunha (Martim Guedes, 73').
Suplentes não utilizados: Tverdohlebov, Gabriel Dbouk, Francisco Fernandes, João Aragão.
Treinador: Bino Maçães.
Disciplina: cartão amarelo a Rafael Quintas (41'), Gil Neves (56'), Duarte Cunha (69').

Golos: 1-0 por Gil Neves (43'); 2-0 por Yoan Pereira (77'); 2-1 por Aleksa Damjanovic (85'); 3-1 por Anísio Cabral (89')

Declarações de Bino Maçães, selecionador de Portugal:

 “Com todo o mérito, estamos na fase final que tanto queríamos. Ainda por cima, neste ano, temos mundial também. É um prémio para estes miúdos e para esta geração. Temo-nos vindo a preparar um bocadinho para isto [disputar fases finais das competições]. Normalmente, pensamos em grande, porque temos miúdos com qualidade na formação. Também tiramos proveito do que os clubes fazem. Parabéns para os clubes, por nos dispensarem estes jogadores, com a qualidade que também já têm na interpretação do jogo.

Já defrontámos França, Espanha, Alemanha, várias das equipas que podem estar neste europeu. Estaremos preparados, com humildade e ‘pés assentes no chão’. É um prémio para desfrutarem estarem numa competição dessas. Que seja a primeira de muitas.

Jogámos estrategicamente, um bocadinho como tínhamos feito contra os Países Baixos [triunfo por 3-1], que nos tinham de ganhar o jogo se quisessem ter esperanças [de apuramento para o Europeu sub-17]. Eles tinham de nos vir pressionar para aproveitarmos a ansiedade do adversário. Este jogo também foi um bocadinho isso. Primeiro, tivemos de preparar a equipa para um jogo decisivo. Ainda não tínhamos passado por uma situação deste género. Quando é a sério, a ansiedade apodera-se dos jogadores. Estamos a falar de miúdos de 16 anos”.

Declarações de Rafael Quintas, capitão de Portugal:

“Esperávamos uma Sérvia muito mais ofensiva. Temos jogadores com muita qualidade com a bola nos pés. Foi bom para nós a Sérvia não ter sido tão ofensiva. Conseguimos tornar o jogo fácil na primeira parte. Depois, tudo foi fluindo. Somos uma equipa que sabe da sua responsabilidade. Somos confiantes. Fazendo o nosso trabalho, era muito difícil a Sérvia alcançar-nos. Em termos de seleções, é muito difícil definir as melhores [a propósito de possíveis adversários nos campeonatos da Europa e do mundo]. Estas equipas que apanhámos [Sérvia, Hungria e Países Baixos] tinham muita qualidade e criaram algumas dificuldades. Fizeram-nos evoluir muito.

Agora, vamos apanhar outro tipo de equipas, ofensivamente muito mais fortes, que nos vão causar outras dificuldades. Queremos dar o nosso melhor e demonstrar que Portugal é um país pequeno, mas as pessoas são gigantes”.

 

 

 


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