Leões foram mais fortes no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos
O Sporting Clube de Portugal venceu o Sport Lisboa e Benfica, por 4-3, e conquistou o 10.º troféu do seu historial, consolidando a hegemonia na prova rainha.
Num derby com sete golos, foi preciso esperar 14 minutos pelo primeiro. André Coelho abriu a contagem pelo Benfica, batendo Bernardo Paçó na conversão de um pontapé-livre, a quebrar um jejum de golos forçado pelas intervenções anteriores de Henrique Rafagnin, na baliza dos leões, e Léo Gugiel, nas redes das águias.

O Sporting reagiu à desvantagem na ponta final da primeira parte, empatando por Zicky Té (19’) e virando por Tomás Paçó (20’), a dois segundos do intervalo.
A segunda parte foi ainda mais equilibrada, mas o Sporting logo tratou de fazer pender a balança: Tomás Paço voltou a marcar (30’), Arthur reduziu logo a seguir (31’) e Alex Merlim tratou de sentenciar a final a favor da turma de Nuno Dias (34’).

Quando Diego Nunes assinou o terceiro golo do Benfica, já só restavam 4 segundos para jogar.
A buzina consagrou a 10.ª conquista do Sporting Clube de Portugal, que assim reforça a sua posição enquanto emblema com mais troféus da Taça de Portugal de Futsal Placard, impedindo o Sport Lisboa e Benfica de empatar a contagem.

Ficha de Jogo
Final da Taça de Portugal de Futsal Placard
SPORTING CP 4-3 SL BENFICA
Resultado ao intervalo: 2-1
Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos
30 de março de 2025
Árbitros: Cristiano Santos e Maurício Couto.
Terceiro Árbitro: Rúben Santos.
Quarto árbitro: João Sinval.
Cronometrista: Cristina Vicente.
SPORTING CP (cinco inicial): Henrique Rafagnin (gr), Zicky Té, Tomás Paçó, Alex Merlim, Taynan.
Suplentes: Bernardo Paçó (gr), Gonçalo Portugal (gr), João Matos [cap], Pauleta, Sokolov, Diogo Santos, Andriy Dzyalo, Rocha e Rúben Freire.
Treinador: Nuno Dias.
SL BENFICA (cinco inicial): Léo Gugiel (gr), Arthur, Afonso Jesus [cap], Lúcio Rocha, André Coelho.
Suplentes: André Correia (gr), Daniel Osuji (gr), Silvestre, Raul Moreira, Higor, Carlos Monteiro, Diego Nunes, Tiago Reis e Jacaré.
Treinador: Cassiano Klein.
Disciplina: cartões amarelos a Arthur (11'), Alex Merlim (14'), Taynan (19'), Daniel Osuji (24') e Léo Gugiel (26').
Golos: 0-1 por André Coelho (14'); 1-1 por Zicky Té (19'); 2-1 por Tomás Paçó (20'); 3-1 por Tomás Paçó (30'); 3-2 por Arthur (31'); 4-2 por Alex Merlim (34'); 4-3 por Diego Nunes (40').

PALAVRA AOS PROTAGONISTAS
Declarações ao Canal 11 da FPF
Afonso Jesus, capitão do Benfica: «Em primeiro lugar, parabéns ao Sporting. Quanto a nós, é muito difícil ter um discurso destes no Benfica porque temos de ganhar sempre. A verdade é esta. Mas é uma enorme satisfação, aquilo que fizemos aqui hoje. Com pequenos erros, que se pagam muito caro nestes jogos, mas tenho de dar os parabéns à minha equipa pelo que fez aqui hoje. Lutámos, olhos nos olhos, o jogo todo. Fizemos aquilo que nos tinham pedido e lutámos no máximo para honrar o Benfica. Espero que tenhamos mesmo honrado este símbolo que trazemos ao peito. Obrigado aos adeptos do Benfica, com a promessa que, daqui até ao final, vamos fazer de tudo para conquistar o troféu que falta disputar.»
Cassiano Klein, treinador do Benfica: «Tenho um orgulho muito grande na nossa equipa. A maneira como competimos foi fantástica. Amo o futsal por isto mesmo. O futsal é fascinante porque tem equipas corajosas que procuram jogar. Creio que foi um jogo muito equilibrado. Ambas as equipas tiveram momentos bons. Podemos aproveitar ao máximo a questão emocional, em alguns momentos. Só queria agradecer aos nossos adeptos: desde que chegámos aqui, deram-nos um carinho incrível. Estamos a lutar muito para conseguirmos retribuir com conquistas. É doloroso por isso, também. Estamos a fazer um trabalho muito duro, longe dos holofotes. A equipa está a empenhar-se muito e no futuro vamos voltar a ter jogos decisivos. É preciso merecer ganhar. E o Sporting mereceu, da mesma forma que o Benfica também merecia.»

Tomás Paçó, jogador do Sporting: «Tem tudo a ver com atitude. Chegámos ao intervalo e dissemos: o Benfica entrou melhor com nós, entrou com mais atitude, estava a ganhar mais duelos individuais. Nestes jogos, sabemos que isto faz a diferença. Nos últimos minutos da primeira parte, mudámos de atitude e conseguimos mudar o resultado. Queríamos ter ganho a Supertaça; não ganhámos mas agora queremos ganhar tudo o que falta ganhar. Temos tido excelentes exibições, excelente atitude, é tentar melhorar ainda mais.»

Nuno Dias, treinador do Sporting: «É sempre especial. Difícil, muito difícil. Foi um jogo disputado até aos limites, no qual o Benfica até foi melhor na primeira parte. Conseguimos dar a volta a um resultado negativo e chegar ao intervalo a vencer por 2-1. Foi o fruto de termos acreditado e também a sorte de conseguirmos chegar à vantagem quando só faltavam dois segundos. Na segunda parte, o Sporting justificou. Na minha opinião, foi melhor. Foi mais um jogo difícil e equilibrado, como são todos. Hoje o resultado foi equilibrado e justo. Mais uma vez, parabéns aos meus jogadores. Incríveis, mais uma vez. Isto dava uma série Netflix de categoria, com tudo o que nos tem acontecido este ano. Nem imaginam as dificuldades que temos passado. Isto ainda reforça mais o privilégio e o orgulho que tenho em liderar um grupo de homens como estes, que hoje voltaram a fazer história e levam mais um troféu para Alvalade.»

João Matos, capitão do Sporting: «É inquestionável o quão importante é o Nuno Dias para o Sporting. O seu palmarés, estas 502 vitórias, dizem muito da qualidade dele e da sua equipa técnica. Sobre o jogo: o Benfica entrou melhor que o Sporting e fez uma grande primeira parte. Conseguimos ir para o intervalo a ganhar por 2-1. Na segunda parte melhorámos, fomos mais intensos e mais organizados no processo defensivo. Duas partes muita intensas, equilibradas e competitivas. Fomos mais eficazes. E fomos felizes. Todos os troféus são especiais, mas não deixa de ser verdade que o Sporting tem dez Taças de Portugal e eu estou nessas dez conquistas. Felizmente, estive em todas as conquistas. Esta foi sofrida. Precisávamos muito desta vitória, por uma questão de confiança e gestão emocional.»
