Minhotas batem Vilaverdense por 6-0
O FC Famalicão chegou facilmente à vitória (6-0) frente ao Vilaverdense, no jogo deste domingo de manhã. A sua exibição foi autoritária e consistente, muito por influência de Rita Dias, que, ainda numa fase inicial, desequilibrou. O Famalicão reforça, assim, as suas possibilidades de se manter na Liga BPI.
Num jogo decisivo, o Famalicão entrou em campo ciente de que só a vitória manteria viva a esperança de permanência na Liga BPI. A derrota do Estoril, nesta jornada, abriu uma janela de oportunidade, e a equipa sabia que não podia desperdiçá-la. Frente a um adversário já despromovido à segunda divisão, a pressão era evidente. Sem margem para hesitações, o Famalicão assumiu uma postura ofensiva desde o apito inicial, lançando-se em ataques constantes e procurou sempre o golo.
Essa atitude não só refletia a responsabilidade de estar na luta pela permanência, como evidenciava também a confiança de que o ataque poderia desequilibrar um adversário com poucas respostas. Como desequilibrou, aliás. Num ápice, Rita Dias colocou a sua classe em campo e, em dois momentos, colocou a sua equipa numa vantagem confortável. Primeiro, com um passe fantástico (7’) para o golo de Karol; seis minutos depois, recuperou uma bola e, com um remate de pé esquerdo, à entrada da área, fez o 0-2.

Toda a primeira parte, no fundo, foi de domínio constante e absoluto do Famalicão, que, dirigido com grande autoridade por Rita Dias, construiu oportunidades de golo em série. Mafalda, por duas vezes (20’ e 24’), e Rita Dias, noutras duas ocasiões (25’ e 28’), estiveram perto de aumentar a vantagem.
Os erros acumulados pela defesa do Vilaverdense - exceção feita à sua guarda-redes que acumulou boas defesas- acabaram por contribuir para mais um golo ainda antes do intervalo — ou melhor, para um grande golo de Agama: um potente remate (37’), de pé esquerdo, na grande área.
A tendência da segunda parte foi muito idêntica à da primeira. O Famalicão continuou a assumir as despesas do jogo, mantendo um ataque aberto, sempre à procura de mais golos — o que viria a acontecer mais uma vez, desta feita apontado por Lexy.
A equipa de Rita Silva revelou sempre confiança, apresentando-se firme nos seus propósitos e, tal como no primeiro tempo, acumulou oportunidades de golo frente a um adversário que se revelou frágil. Borges, mal foi lançada no jogo, assinou o quinto golo com um remate rasteiro, de fora da área (64’), completando a mão cheia. E, logo depois (69’), mais um golo engordou ainda mais a goleada, ou melhor, um autogolo da guarda-redes Luíza Jesus.

VILAVERDENSE FC, 0 FC FAMALICÃO, 6 ( 0-3 ao intervalo)
Liga BPI
Jornada 20
Estádio da Cruz do Reguengo
Árbitra: Raquel Correia
Árbitras assistentes: Beatriz Silva e Bebiana Soares Quarta árbitra: Cátia Leitão
VILAVERDENSE FC: Luiza Jesus, Karolyna Mineira, Gabriela Cruz ( Cap.), Sahara Zingano, Beatriz Pinheiro, Filipa Machado (Ana Vale, 66’), Daniela Martins, Margarida Pereira ( Leonor Almeida, 75’), Keisy Davitte, Alexia Rhooms, Constança Fernandes.
Suplentes não utilizadas: Natasha Mondino, Beatriz Monteiro, Ana Pereira, Iara Machado, Francisca Pereira, Maria Cardante, Maria Vieira.
Treinador: Rogério Brito
Disciplina: cartão amarelo para Margarida Pereira (26’).
FC FAMALICÃO: Palha (Cap.), Eugénia Nardone (Lau, 63’), Karol (Sofia Almeida, 46’), Mafalda (Borges, 64’), Rita Dias, Simães, Agama (Meriva, 46’), Lexy, Leo, Liza (Diana Gomes, 39’), Ali.
Suplentes não utilizadas: Leticia Cruzeuri, Solis, Eva Sampaio, Alexandra Soares.
Treinadora: Rita Silva
Disciplina: cartão amarelo para Simães (45’+1’), Mafalda (55’), Leo (84’).
Golos: 0-1 (Karol, 7’), 0-2 ( Rita Dias, 13’), 0-3 (Agama, 37’), 0-4 (Lexy, 52’), 0-5 (Borges, 64’), 0-6 (Rita Dias, 69’,).
Mulher do jogo: Rita Dias (FC Famalicão).

Rita Dias pôs a sua classe em campo e, ainda numa fase madrugadora do jogo, foi parte activa na sua decisão. Com um passe fantástico, revelando grande visão, ofereceu o primeiro golo (7’) a Karol; depois, fez o 0-2 com um bom remate, de pé esquerdo, à entrada da área. Rita Dias ainda fez mais um golo, o último. O seu percurso no jogo foi sempre exemplar, pautado por um alto sentido prático e por passes que marcaram a diferença e sustentaram a vitória.