Vivemos ainda um tempo em que as circunstâncias se alteram a cada dia.
Nesta fase, é ainda incerto o momento em que todos voltarão a poder competir e mais ainda de que forma tal sucederá.
De que forma vai influenciar a relação entre clubes, dos que passam fronteiras aos que têm sobretudo implantação local? Como sairá desta experiência um país como Portugal, a erguer-se devagar de uma década de sacrifícios? E os nossos principais clubes, nascidos num mercado pequeno e com evidentes dificuldades na luta com os mais poderosos entre os poderosos da Europa? Como ficarão eles? Do ponto de vista social, alguma vez voltaremos a relacionar-nos da mesma forma? E os desportos coletivos, serão mais ou menos afetados do que a prática desportiva individual?
Este é um tempo de perguntas. Num tempo assim, porventura único na nossa geração, entendi que devia agregar. Ainda mais. Sentir – ainda mais! - que um Portugal enorme se pode juntar aos desígnios da FPF, que sempre desejámos que fosse mais do que uma Federação. Na dificuldade, na oportunidade, é nossa tarefa – hoje, ainda mais do que ontem - que cada português, goste ou não deste desporto, possa entender este novo começo que a vida nos permitirá. E cumpri-lo também através do futebol.
Para tempos excecionais, decisões excecionais.