Investigadores afiliados na Portugal Football School analisaram estratégias de 56 equipas portuguesas.
João Brito e Pedro Figueiredo, fisiologistas da Federação Portuguesa de Futebol e investigadores da Portugal Football School, integram o grupo de autores de um estudo sobre estratégias de recuperação pós-jogo publicado esta semana (24 de fevereiro) no "International Journal of Sports Physiology and Performance".
O artigo - intitulado "Práticas de recuperção pós-jogo levadas a cabo no futebol: inquérito a 56 equipas profissionais portuguesas" - versa um tema que foi recentemente debatido no podcast "Ciência e Futebol", do Portugal Football Observatory, justamente com outro dos autores, Sérgio M. Querido. Os outros signatários são Filomena Carnide, João R. Vaz e Sandro R. Freitas. Foram ouvidas no âmbito desta investigação 17 equipas da Liga Bwin, 16 da Liga 2 Sabseg Seguros, 12 da Liga Revelação e 11 da Liga BPI.
Sérgio M. Querido, que desenvolve doutoramento sobre estas matérias na Faculdade de Motricidade Humana, em colaboração com a Portugal Football School, explica as principais conclusões do estudo: "Este artigo aporta nova evidência científica no âmbito das práticas de recuperação física após jogos de futebol de elite, em Portugal. Os autores concluíram que os profissionais responsáveis pelas práticas de recuperação atribuíram grande importância aos métodos de recuperação, com o objetivo de mitigar a fadiga após a competição e, em particular, à nutrição e ao sono. Concluíram também que os métodos de recuperação não são aplicados de forma uniforme nos três períodos até às 72 horas após o jogo (imediatamente após, 12 a 24 horas e 24 a 72 horas) e diferem quando o jogo é em casa ou fora. Estas conclusões sugerem a necessidade de periodizar os métodos de recuperação ao longo do microciclo e em função da localização do jogo."
O estudo pode ser consultado a partir deste link.