Presidente da UEFA disse que “estará na altura de a Europa voltar a ser anfitriã” e que tem “a certeza” de que isso acontecerá em Portugal e Espanha, dois países que “sentem o futebol”.
“Tenho a certeza de o Mundial 2030 vai ser disputado em Portugal e Espanha, dois países que sentem o futebol”, disse Aleksander Ceferin esta segunda-feira, na abertura do Football Talks, organização da FPF que decorre na Cidade do Futebol, recordando que estará na altura de a principal competição futebolística voltar à Europa. “É uma candidatura vencedora e faremos tudo para ajudar estes países que têm paixão pelo futebol, vivem e respiram futebol e têm boas infraestruturas”, acrescentou.
Na intervenção na sessão de abertura, através de videoconferência, Ceferin falou do sucesso do futebol feminino no recente Europeu em Inglaterra, referindo-se a um “desporto novo, completamente diferente do que era há cinco anos” e no qual aconselhou a investir, pois “é nos produtos novos que devemos investir”.
Quanto à tecnologia no futebol, Ceferin considerou essencial que “o árbitro tenha sempre a última palavra”, independentemente de todas as evoluções que se verifiquem, nomeadamente as resultantes das experiências que têm sido feitas com o fora-de-jogo semiautomático. “A questão da bola na mão é um problema” e numa conferência recente com os principais treinadores europeus as opiniões dividiram-se, exemplificou Ceferin. Por isso, entende que “a tecnologia nunca deverá substituir a decisão humana, mas é muito útil”.
Ceferin também se manifestou contra a intenção de se passar a cronometrar apenas o tempo útil de jogo, o que poderia “levar um jogo demorar mais de 5 horas”, recordando que o futebol pode ser jogado a 40 graus positivos ou 5 negativos. "A solução é castigar quem queima tempo. Parar quando para a bola não seria futebol”, defendeu o presidente da UEFA.
Relativamente ao calendário, Ceferin admitiu que o atual “é muito denso e está perto do limite”, mas contrapôs que os “clubes tem de permanecer sustentáveis e, para terem 25 jogadores de topo, é necessário haver um determinado número de jogos”.
Quanto a alterações nas competições, o presidente da UEFA foi conservador em relação às provas de clubes, garantindo que “o futebol europeu vai permanecer aberto. É o mais forte do mundo e é porque estão todos a competir”, recordando que 97 por cento das receitas voltam para o futebol. Já quanto às seleções, Ceferin disse que há margem para evoluir, considerando a Liga das Nações uma competição muito bem-sucedida e admitindo haver alteração no formato do Europeu, aumentando o número de participantes, mas “com a certeza de que não haverá mais jogos”.
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