Bruno Fernandes: Queremos que o povo goste de nos ver jogar"

Seleção A

Internacional português confiante para desafio com Eslovénia

Bruno Fernandes fez a antevisão do jogo dos oitavos de final com a Eslovénia na conferência de imprensa realizada este domingo no auditório da Arena de Frankfurt.

Bruno Fernandes em discurso direto:

“Não gosto de tocar neste ponto [qualidade exibicional] porque hoje fala-se muito em estatística. Em todos os aspetos estatísticos com bola, somos das seleções melhores. Uma das seleções com mais remates, chegadas ao último terço, maior capacidade de construir jogo ofensivo. Não acho que seja jogar mal. Acho que temos sido mais respeitados do que fomos nos últimos anos, relativamente a algumas equipas que têm jogado com blocos mais baixos contra nós. E isso pode tornar esse aspeto negativo. Temos vindo a jogar bom futebol e demonstrámos isso na qualificação. Digo que o jogo com a Chéquia foi mais bem conseguido do que o jogo com a Turquia e o resultado não demonstra isso, com a Turquia deixámos o jogo aberto e permitimos que o jogo se tornasse um bocadinho assim. Contra a Chéquia, houve muito mérito nosso em mantê-los tão atrás que não criaram quase nada. Queremos sempre melhorar, jogar melhor, marcar mais golos, não sofrer e tornar o nosso jogo atrativo para que o povo goste de nos ver jogar".

“Já estamos com ele [Roberto Martinez] há muito tempo, já usámos vários sistemas, mas a ideia é a mesma, não muda muito. Toda a gente na Seleção está habituada a jogar a um nível muito alto, mas isso é bom porque também muda a maneira como os adversários olham para nós, podem preparar-se de uma maneira e nós aparecemos de outra. Até agora, toda a gente está a fazer muito bem o que o mister tem pedido, mesmo que o sistema vá mudando de jogo para jogo ou até dentro do mesmo jogo".

"Isso [Dois ou três centrais contra a Eslovénia] tem de ser perguntado ao selecionador, não a mim. A equipa técnica passa horas e dias a ver os vídeos e a estudar os adversários, os jogadores acreditam em tudo o que é transmitido".

“Não joguei mas vi o jogo [particular com Eslovénia em marco] e falámos sobre isso nestes dias, naturalmente. A Eslovénia jogou bem, ganhou e tentámos perceber o que podemos fazer de diferente para levar a melhor. Têm dois jogadores à frente que combinam muito bem, podem ser muito perigosos. São fortes com bola, não têm medo de a ter e defendem bem. São das equipas com melhores dados a nível defensivo e têm um dos melhores guarda-redes do mundo. Esperamos conseguir marcar amanhã".

“Todos nós podemos fazer melhor, todos podemos dar sempre mais. São duas equipas com boas individualidades, que podem fazer a diferença em cada jogo. Confiamos em todos os jogadores que jogaram naquele jogo e ninguém me diz que o resultado seria diferente caso fossem outros jogadores em campo. Sabemos o que temos de fazer".

“Não temos de recear nenhuma seleção, temos de as respeitar. Não olhamos ao nome da seleção, olhamos às individualidades que têm. Esta seleção tem nomes importantes, nomes de grande qualidade. Fizemos um particular contra eles que perdemos e isso tem de nos alertar para fazermos coisas diferentes neste jogo, para podermos ter um resultado positivo. Não vamos recear nenhuma seleção. independentemente do nome. Jogar este jogo ou contra uma das seleções ditas candidatas não muda nada. O nosso objetivo será sempre ganhar".

“Eu sei que se tem vindo a falar muito disso[dificuldades perante adversários que jogam com bloco baixo] principalmente depois do jogo com a Chéquia. Quando os blocos são tão baixos, não há espaço entre linhas e é difícil que a bola entre, temos de lateralizar um bocadinho. É preciso não forçar e isso foi uma das coisas que disse depois desse jogo, que estava frustrado porque queria tentar encontrar os médios mais ofensivos, os avançados, mas não havia esse espaço. Os nossos dois golos vêm de dois cruzamentos, de duas bolas lateralizadas onde, na primeira, Nuno Mendes ganha e surge o autogolo. E no segundo, bola do central para o ala, consegue ganhar no um para um, a bola fica ali e o Francisco faz o golo. É preciso ter paciência com bola. Cansando a Eslovénia e tendo bola, estamos mais perto de fazer golo. É difícil entrar quando os blocos são baixos e quando as equipas defendem bem. A Eslovénia também defendeu muito bem contra nós no outro jogo, mas temos de encontrar soluções que nos levem ao sucesso".

[Segredo para a boa forma] Descansar, fazer muitas sonecas durante a tarde, que ajudam. Gosto de estar sempre a competir. Falei muitas vezes com o nosso staff, perguntam muitas vezes qual a maneira de encontrarmos um balanço. Se eu puder competir de três em três dias, melhor ainda. Sinto-me mais preparado para os jogos, preparado mentalmente para as dificuldades. É a minha paixão e amor pelo jogo que me fazem estar preparado e pronto para, a qualquer altura, poder representar a Seleção ou o clube".

 


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