Fernando Gomes faz balanço de 13 anos na FPF

FPF

Presidente da Federação Portuguesa de Futebol foi convidado de honra no congresso organizado pela APCVD que terminou, esta quinta-feira, em Viseu.

Numa conversa moderada pelo jornalista Paulo Sérgio , o presidente da FPF fez um balanço dos 13 anos à frente da federação sublinhando que “ninguém tem sucesso sozinho; como no campo é fundamental o trabalho de equipa”.

Fernando Gomes começou por fazer uma “saudação especial à APCVD na pessoa de Rodrigo Cavaleiro por este congresso mas também pelo trabalho fantástico que tem realizado. Lembro que sugeri a criação desta autoridade que se efetivou depois da célebre invasão de Alcochete. Deixo pois uma palavra forte de reconhecimento ao Rodrigo e à sua equipa”.

Na entrevista, o presidente da FPF disse que “passados estes 13 anos vai ficar um legado importante", mas assinalou que teve "a felicidade de ter um conjunto de pessoas" a trabalhar consigo - "dos órgãos sociais a direção executiva e equipas técnicas - que formaram uma equipa profissional que foi ganhadora.”

“Como federação desportiva que é, o objetivo passa por conquistar títulos e isso também foi conseguido”, referiu Fernando Gomes que face à questão “que título falta” respondeu assim: “O título de campeão do mundo de futebol. Em 2022 tinha fundadas expectativas tal como em 2024 acreditava reconquistar o Euro, mas a linha que separa o êxito do inêxito é muito ténue. Também fica a faltar o Euro sub-21 mas aqui nada falhou quanto ao bem maior que é a seleção A: o processo formativo tem sido perfeito.”

Nesse particular, Fernando Gomes indicou “ a medida mais estruturante para o futebol português: a criação das equipas B." "Por exemplo, nesta dupla jornada da Seleção, dos 26 convocados, 23 iniciaram o seu trajeto sénior nas equipas bês.”

O líder da FPF destacou que para “ter êxitos desportivos é preciso trabalho de sustentabilidade e planeamento. Considerámos pois essencial a construção de uma infra-estrutura que oferecesse condições para a nossa atividade. Assim nasceu a Cidade do Futebol. Até foi o Carlos Godinho e o Humberto Coelho que validaram primeiro o espaço. Em 17 meses fizemos a primeira fase, em novembro vamos inaugurar  a Arena de futsal e em abril/maio o complemento da Casa dos Atletas”.

Em termos de investimento “são 70 milhões de euros sem um euro do Estado! Foi com fundos próprios e alguns apoios da UEFA e FIFA que tudo fizemos “

Para o dirigente “num país com pouco mais de 10 milhões de habitantes , atingir os patamares de excelência alcançados é algo de extraordinário". "Foi essencial alargar a base para termos um topo de pirâmide de alta qualidade", sublinhou.

Sendo uma voz respeitada no mundo do futebol, Fernando Gomes lembrou que “em 2023 por limitação de idade" foi eleito "para o Comitê da FIFA até 2027 e com assento no comitê executivo da UEFA também até esse ano”, sublinhando que o seu trajeto internacional começou quando era dirigente do FC Porto.

Sobre uma eventual candidatura ao Comitê Olímpico de Portugal Fernando Gomes frisou que neste momento está “empenhado em concretizar as ações finais que tem para concluir como presidente da FPF”. Nesse particular falou da Cidade do Futebol e do projeto SuperQuinas integrado no Plano estratégico Futebol 2030.

Quanto ao futuro sucessor na FPF, observou: “Se a fasquia está alta? As fasquias existem para serem superadas. O que desejo é que haja continuidade do trabalho que tem sido feito. E se possível conquistar o Mundial em 2026”.

 


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