Quatro golos sem resposta
O Estoril alcançou um triunfo fácil no encerramento da 8.ª jornada da Liga BPI, batendo por 4-0 o Vilaverdense, que continua sem pontuar (com menos 2 jogos). As canarinhas ultrapassaram o Racing Power na classificação e, com 10 pontos, igualaram o Valadares Gaia (6.º).
Ao intervalo, a vantagem do Estoril já era de 2-0 – Bibocas (5’) de cabeça, ao 1.º poste, com um cruzamento de Patrícia Barreiros, após um pontapé de canto; e Sarah Brasero (13’), numa jogada de insistência em que “levou tudo à frente”, incluindo a guarda-redes –, o que não traduzia o ascendente das canarinhas. Apenas aos 43’ o Vilaverdense conseguiu fazer um remate (desenquadrado) digno desse nome, com Madalena Lopes a optar com atirar de longe, quando foi solicitada em profundidade, mas estava controlada por três adversárias.
A segunda parte trouxe mais do mesmo e, apesar da melhor organização do Vilaverdense, foi só esperar o avolumar do resultado, mesmo sem grande esforço do Estoril. Sara Brasil (70’) e um autogolo de Gabriela Cruz (79’) completaram o marcador.
Entre outros desperdícios, o Estoril ainda falhou mais dois golos “certos”, com um pontapé na atmosfera (90’+6), à boca da baliza, e uma grande defesa de Ísis Silva (90’+7).
As estatísticas traduzem bem o desequilíbrio, favorável ao Estoril: 64%/36% na posse de bola, 20/9 nos remates e 13/4 nos remates enquadrados.
FICHA DE JOGO
VILAVERDENSE 0-2 ESTORIL (0-2 ao intervalo)
Liga BPI
8.ª jornada
Campo da Cruz do Reguengo
Árbitra: Filipa Cunha
Assistentes: Rafaela Almeida e Marina Sousa
Quarta árbitra: Patrícia Coutinho
VILAVERDENSE: Íris Silva, Madalena Lopes, Beatriz Prado (Beatriz Pinheiro, 61’), Ana Ribas (Daniela Martins, 77’), Gabriela Cruz, Rita Lang, Rashida (Letícia Seara, 63’), Dulce Quintana, Filipa Morais (cap), Ana Vale (Ana Reis, 77’) e Keisy Davitte.
Suplentes não utilizadas: Natasha Mondino, Iara Machado, Filipa Machado e Constança Fernandes.
Treinador: Roger Pinheiro
Disciplina: Nada a registar.
ESTORIL: Adriana; Godói (Carlota, 84’), Mafalda Almeida, Patrícia Barreiros, Carolina Pocinho, Meredith Haakenson, Lícia (Inês Duarte, 77’), Bibocas (Lara, 63’), Sarah Brasero (Mariana Coelho, 84’), Sara Brasil (cap) (Marta Xavier, 84’) e Daniela Santos.
Suplentes não utilizadas: Isabel Peixeiro, Leah e Catarina Pacheco.
Treinador: Nuno Ventura
Disciplina: amarelo a Bibocas (51’).
Golos: 0-1, Bibocas (5’); 0-2, Sarah Brasero (16’); 0-3, Sara Brasil (70’); 0-4, Gabriela Cruz (79’, pb)
Capitã omnipresente
Muito ativa, num jogo em que não houve grandes preocupações defensivas para a sua equipa, Sara Brasil esteve em quase todos o lances de ataque, sobretudo na segunda parte, quando a resistência física das adversárias afrouxou.
Marcou o terceiro (70’), surgindo nas costas da defesa a dominar e concluir à vontade (num lance de morada revisão VAR), cruzou para o autogolo de Gabriela Cruz (79’) e só não bisou porque, após ainda mais demorada revisão VAR, foi assinalada posição irregular de Patrícias Barreiros que havia feito a assistência.