Fernando Gomes: "Acima de tudo uma palavra de agradecimento muito profundo"

Institucional

As declarações do Presidente Fernando Gomes na despedida.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, viu na Croácia o seu último jogo da Seleção Nacional enquanto dirigente da instituição.

Em declarações prestadas antes do início do encontro, Fernando Gomes falou sobre este momento: "Não considero uma despedida. Vamos continuar a acompanhar a Seleção e seremos fãs incondicionais. É uma despedida meramente da presidência após três mandatos. Depois de 13 anos que estivemos na FPF, e daquilo que fizemos pelo promoção do futebol português e de Portugal, só podemos estar realizados com aquilo que fizemos. Hoje é o último jogo, sem deixar de referir que temos algo para conquistar, nomeadamente o apuramento da Seleção Nacional Feminina para o terceiro Europeu seguido, a Seleção Nacional de Futsal Sub-19, a Seleção de Futsal Feminino para o primeiro Mundial. Ainda temos para coisas para concluir. Hoje é o último jogo pela Seleção Nacional A, já apuradapara a fase final da Liga das Nações".

E proseguiu: "É uma satisfação muito grande de termos estado à frente do futebol português e do que fizemos ao longo destes 13 anos". Para depois continuar: "Recordo-me do primeiro jogo, foi em fevereiro 2012, na Polónia. Terminou 0-0. Se me pergunta se perspectivava ter tantas alegrias, tinha algumas dúvidas. Já tínhamos tido gerações fantásticas. 2000, 2004, 2006. Estávamos muito próximos e quando assumimos tínhamos esse sonho. Em 2016 tivemos a grande felicidade, com o golo do Éder".

O presidente da FPF falou depois do seu legado: "Cumpre a outras pessoas avaliar. Se olharmos para uma federação desportiva que luta por títulos, não há dúvidas que tivemos conquistas importantes. Também títulos na formação, futsal, futebol de praia, etc. Nessa perspetiva, é um legado imenso. Uma pequena mágoa: gostaria de ter conquistado o título de sub-21. Estivemos muito próximos, foi pena. A seleção tem feito um trabalho fantástico. Hoje estes jogadores passaram quase todos pelos sub-21".

Quanto ao futuro, referiu: "Tenho um trajeto ligado ao desporto. Depois de ter sido praticannte, como dirigente tenho 32 anos. Já dei muito ao desporto. Estou de acordo com a limitação de mandatos. Agora é tempo de outras pessoas ocuparem estes cargos, com ideias novas, para fazer melhor que nós".

Sobre o que lhe faltou conquistar, foi claro: "Aquilo que nos faltou foi o título mundial. Em 2022 tivemos todos muitas esperanças de que isso acontecesse. Todos ficámos ansiosos depois do 6-1 à Suíça. É uma pequena mágoa, eu o Humberto Coelho e o João Pinto. Estamos todos orgulhoso com o que fizemos".

Para finalizar, deixou algumas palavras: "Acima de tudo uma palavra de agradecimento muito profundo. Alterámos significativamente a relação com os nossos adeptos no jogo na Luz antes de irmos para o Euro'2012. Foi uma marca que deixámos nestes 13 anos. Estádios sempre cheios. Esse apoio também se traduziu nos jogos fora. Lembro 2016 e em 2024, na Alemanha. Agradecimento aos portugueses que se identificaram muito com a Seleção. Todas as Seleções precisam de apoio. Lembro que jogamos com a Chéquia no Dragão no dia 29 de novembro. Fica sempre alguma nostalgia, sou português e sou fã incondicional da Seleção".

 


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18 de Novembro 2024
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