Montenegro e o Mundial 2030: «Foi a FPF que levou candidatura a bom porto»

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Primeiro Ministro sublinha contributo de Fernando Gomes e da sua equipa para o sucesso desta operação

Luís Montenegro saudou, esta quarta-feira, a atribuição da organização do Mundial'2030 a Portugal, Espanha e Marrocos, considerando que este acontecimento resultará num "grande momento da afirmação dos valores e da paixão de todo o país, nesta área em concreto".

Horas antes de receber o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, na residência oficial do Primeiro Ministro, Montenegro fez questão de aproveitar o último minuto da sua derradeira intervenção no debate quinzenal da Assembleia da República, para saudar a notícia da confirmação da atribuição do Mundia 2030 ao nosso país, enquanto coorganizar do evento. 

"Portugal, conjuntamente com Espanha e Marrocos, acaba de receber das instâncias internacionais do futebol, a incumbência de realizar o Campeonato do Mundo de 2030. Aqui e nome do Governo, sublinho este momento muito positivo, que vai mobilizar muitos recursos, muita da nossa capacidade de organização de eventos, de promoção do país, e que vai também ter o retorno económico", considerou. 

Ainda na Assembleia da República, Luís Montenegro prestou uma homenagem pública ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol, considerando que o líder federativo e a sua equipa desempenharam um contributo "determinante para assegurar a credibilidade de Portugal no contexto internacional, também enquanto país organizador de grandes eventos".

Ao início da noite, o Primeiro Ministro recebeu o presidente da FPF no Palacete de São Bento, manifestando, "em nome do Governo, uma palavra de reconhecimento, gratidão e esperança de que tenha sido oficialmente aberta uma página dourada do desporto português e da assunção dos valores do nosso país". 

"Este reconhecimento é tanto mais significativo, quanto nós sabemos que as vicissitudes da caminhada desta candidatura fizeram com que a Federação Portuguesa de Futebol tivesse de assumir a condução deste processo, não menosprezando, nem desrespeitando os outros parceiros. Foi sobretudo por uma questão de competência e maior habilitação", frisou o Primeiro Ministro, considerando que "foi a FPF que manteve a chama viva e conseguiu levar a bom porto esta candidatura".

"Este é um Mundial que junta países com culturas diferentes e tradições desportivas distintas. Terá uma multiculturalidade assinalável do ponto de vista socioeconómico, religioso e desportivo. Será o Mundial da inclusão e do encontro, à altura dos pergaminhos de Portugal enquanto Nação com vocação universalista. E tem preocupações de sustentabilidade inovadoras, que serão implementadas no decurso deste processo", acrescentou. 

Luís Montenegro abordou ainda a componente socio-económica associada à organização de um dos maiores acontecimentos à escala mundial: "Estou convencido de que, com esta organização, daremos mais uma vez nota da nossa capacidade organizativa, da nossa capacidade de realizar grandes eventos com profissionalismo, com brio, com alegria e com paixão. Isto vai redundar num êxito desportivo e também num êxito de promoção da nossa cultura, da nossa língua, da nossa economia, seguramente com retorno material e imaterial. Vamos reforçar a nossa credibilidade internacional, vamos atrair muitos turistas, vamos ter retorno económico de várias naturezas. Até vamos ter uma arrecadação extraordinária de receita fiscal por dia, através da realização desta prova no nosso país. Não teremos despesa associada de grande envergadura, uma vez que já temos um ponto de partida com as infraestruturas necessárias. Obviamente que terão de ser aprimorados alguns aspectos e que isso terá os seus custos, mas temos todas as condições para tirar bom proveito económico desta competição."

O Primeiro Ministro reforçou os elogios ao líder federativo, considerando Fernando Gomes como um dos principais responsáveis pelo sucesso desta operação. "O Dr. Fernando Gomes vai cumprir 13 anos enquanto presidente da FPF. Escreveu páginas douradas no desporto-rei, pelo que aproveito desde já para o felicitar por todo o seu percurso. Esta candidatura sai vitoriosa também por isso. As candidaturas não começam apenas quando os processos são lançados; começam também com toda a credibilidade que se vai granjeando ao longo dos anos. Fernando Gomes conduziu a FPF, ao longo destes anos, com uma competência que lhe é reconhecida a nível internacional", vincou, estendendo o elogio ao presidente do comité da candidatura vencedora: "Cumprimento também o Eng.º António Laranjo, que liderou os aspectos mais técnicos da candidatura. Grande parte deste percurso, foi percorrido na vigência do Governo anterior, mas eu fui consultado várias vezes pelo Primeiro Ministro anterior, enquanto líder da oposição na altura. Posso dizer que sou testemunha do empenho de Fernando Gomes e de António Laranjo."

Acompanhado pelo presidente da comissão organizadora do Mundial'2030, António Laranjo, Fernando Gomes agradeceu o empenho do Governo, também na presença do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, alargando este cumprimento ao anterior Executivo, recordando António Costa e Ana Catarina Mendes.

"De uma forma muito, muito clara, nós estamos convencidos que dificilmente teríamos condições, não fosse esta associação a Marrocos e a Espanha, que eu gostaria, neste momento, de saudar de uma forma especial, porque foi um trabalho conjunto extremamente valioso para chegar a este desiderato. Mas com certeza nós não teríamos grandes hipóteses de organizar um Campeonato do Mundo unicamente de Portugal", frisou Fernando Gomes.

"Temos de estar agradecidos, não só por este apoio, mas também pelo trabalho desenvolvido pela engenheiro Laranjo, com as suas equipas, em momentos difíceis, que são conhecidos, nomeadamente o ocorrido há cerca de um ano e três meses com a situação da RFEF, em que nos obrigou um esforço redobrado para mantermos viva esta nossa candidatura, e com a qualidade que, efetivamente, foi demonstrada e hoje visível na apresentação", explicou.


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