Declarações dos intervenientes no final da vitória portuguesa frente aos Países Baixos.
A Seleção Nacional de Futsal bateu, esta quinta-feira, a congénere dos Países Baixos, por 4-2, em jogo da 2.ª jornada da Ronda Principal de qualificação para o Euro 2026.
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No final do encontro, Jorge Braz, João Matos e Diogo Santos mostraram-se satisfeitos pela dedicação, competência e atitude da Equipa das Quinas:
Jorge Braz, Selecionador Nacional, em discurso direto:
"O futsal tem isto. Nós começamos a sentir tão bem o jogo, tivemos tantas oportunidades e não percebemos que só estamos a dois de diferença, que não significa nada. Estávamos tão confiantes que depois fomos exageradamente confiantes na reação a ganhar a posse de bola, a abrir logo o jogo e com o primeiro passe que era fundamental para não desligar nesse momento, deixámo-nos empatar, mas depois veio ao de cima o carácter, o querer tanto, o Pany num lance que é por isso que é o Pany e toda a gente a querer. Depois uma bola parada, onde o mérito é todo deles porque querem muito, eu hoje disse que o ganhar tinha de estar sempre à frente dos olhos e eles nunca se desviaram disso, mesmo com essa adversidade dos Países Baixos terem empatado num momento que é difícil ali a meio da segunda parte, mas a reação foi brutal e até injusto. Tínhamos de ter também criado uma almofada maior, mas do ponto de vista do jogo e tirando esse ligeiro momento, um orgulho brutal pelo que eles hoje fizeram."
"O João tem tido um percurso exemplar, do que é preparar-se, do que é ficar-se, até hoje num jogo diferente em que pode ser especial, o João não deixa de se focar no jogo, nas tarefas, no que é preciso fazer, porque o jogo é isto e o desporto é isto, especialmente alto rendimento, em que dia e em que momento temos de ser consistentes e temos de estar, e o João tem sido isso, consistente ao longo do seu percurso. Mas, nós temos muitos bons exemplos felizmente. Na nossa história temos muito bons momentos, desde 2000 da Guatemala, temos gente com carácter, gente que sabe e temos tido gerações de jogadores que sentem orgulho em estar neste espaço e procuram a excelência com esse compromisso e foco diário, o João tem sido um exemplo ao longo de todo o percurso, pois já atravessou uma série de gerações, tem mantido essa consistência. Ter talento é ser bom e consistente no momento em que é exigido e o João foi muitas vezes ao longo do percurso, por isso é normal que isto aconteça."
João Matos em discurso direto:
“Estou certamente muito diferente desde a primeira internacionalização, como pessoa, como jogador, mais maduro , mais experiente, mais velho, mais consciente, mas é um dia muito especial, muito diferente do que o que aconteceu em 2008, agora é continuar a trabalhar e fazer por estar nas 210.”
Momento mais especial: “Inevitavelmente foi o campeonato do Mundo. 2018 foi um ano muito especial para nós, primeiro europeu, primeira conquista da seleção, o ambiente que vivemos em termos emocionais, a forma como estávamos interligados é extraordinária. Mas, sermos campeões do mundo é ser o melhor do planeta, é ser melhor que toda a gente e vai sempre superar qualquer troféu que eu possa ter ganho. Estar nesta família é sempre especial e enquanto eu puder ajudar, enquanto eu puder contribuir, enquanto for opção para Jorge Braz e puder ajudar esta malta, estes miúdos irreverentes e com uma qualidade tremenda, eu estou cá para ajudar, seja para jogar 10 minutos seja para defender 5x4, para bater os cantos , seja para bater palmas, para apoiar, eu sei muito bem qual o meu papel, o Jorge Braz também sabe qual o meu papel, confia em mim , eu confio nas opções dele. Só me resta continuar a trabalhar para continuar a ajudar.”
“Só me vou embora quando o Jorge Braz me mandar embora. Enquanto eu jogar, enquanto eu me cuidar e estiver apto, a opção parte sempre por ele, acho que os ciclos funcionam assim, enquanto o Jorge Braz achar que eu tenho argumentos, valências e mais-valias para contribuir para o crescimento, evolução e vitórias da seleção portuguesa eu estarei cá para ajudar. Quando os miúdos me superarem e vão superar, até acho que muitos já o fizeram é dar o lugar a eles e siga.”
Diogo Santos em discurso direto:
“Acho que fizemos um grande jogo, a equipa dos Países Baixos era uma equipa de grande qualidade e com intensidade, não tinham medo de colocar o pé. Eu acho que acima de tudo soubemos fazer o nosso jogo, impor o nosso jogo que é o mais importante e conseguimos trazer os três pontos.”
“Primeiro que tudo realçar a nossa reação ao empate deles, mas somos Portugal e mais uma vez mostramos a nossa qualidade.”