O discurso do presidente da FPF no encerramento dos 110 anos
Foi com uma intervenção de Fernando Gomes que se fechou a cerimónia de encerramento dos 110 anos da Federação Portuguesa de Futebol.
O presidente da FPF, logo após a presença em palco dos Iron Brothers, pegou na palavra e agradeceu “do fundo do meu coração o momento que acabámos de viver aqui e que representa muito do que é o desporto, o futebol, a vida. Muito, muito obrigado”.
E continuou: “E muito, muito obrigado a todos os que não deixaram de estar aqui. O ministro dos assuntos parlamentares de Portugal, o presidente da UEFA, o secretário-geral da FIFA, os meus colegas do Comité Executivo, tantos representantes de federações estrangeiras, autarquias, clubes, treinadores, jogadores, sócios e colaboradores da FPF.”
Na sua intervenção, Fernando Gomes acentuou duas palavras: orgulho e gratidão. E terminou com uma convicção bem firme: “o futebol vai continuar a ser digno dos portugueses.”
Eis o discurso na íntegra:
“Esta noite, reunidos nesta Arena, celebramos não apenas o passado, mas também o presente e o futuro do futebol em Portugal.
Foi isso que fizemos ao longo de um ano com as mais diversas iniciativas, sobre a mesma ideia: o futebol, como o desporto, deve ser para todos.
No encerramento das comemorações do 110º aniversário da Federação Portuguesa de Futebol, reunidos nesta noite tão especial, permitam-me que utilize sobretudo duas palavras: orgulho e gratidão.
Orgulho na história incrível da nossa federação, pilar fundamental da identidade nacional.
Orgulho nos nossos pioneiros, que abriram caminho.
Orgulho nas primeiras participações em grandes competições: o Mundial de 66, que ainda está vivo nas memórias de muitos, e o Euro 84, que nos mostrou que éramos capazes de sonhar grande.
Orgulho na construção das nossas competições.
Orgulho na presença sucessiva em fases finais e nos títulos conquistados em futebol, futsal e futebol de praia.
Orgulho na primeira seleção feminina, no desenvolvimento que é também uma afirmação da mulher e nos apuramentos para um Mundial e três fases finais do campeonato da europa.
Orgulho nos nossos jogadores e treinadores, tantas vezes reconhecidos como os melhores do mundo.
Orgulho na nossa capacidade de organizar grandes eventos como, aliás, foi recentemente reconhecido com a atribuição do Mundial 2030 com a melhor nota de sempre na avaliação de candidaturas.
Orgulho no pioneirismo do Canal 11, na Cidade do Futebol que construímos com o auxílio de FIFA e UEFA, nas academias das associações e na mentalidade vencedora que cultivámos.
Orgulho ainda, por fim, na presença social constante da FPF e de tantas entidades que conseguimos inspirar.
Iniciámos este jantar revivendo momentos que definiram a nossa história.
E, para todos os meus amigos das federações internacionais, da UEFA e da FIFA, e para todos os portugueses aqui presentes – jogadores, treinadores, dirigentes – é fácil compreender o orgulho que sinto por ter tido a oportunidade de presidir à FPF durante 13 anos.
Esta não é uma noite para muitas palavras, mas prometi que também sublinharia a gratidão que invade o meu coração.
Quero agradecer a cada atleta que vestiu a nossa camisola, a todos os treinadores e staff que dedicaram o seu trabalho à causa do futebol.
Agradeço aos clubes, às associações, aos sócios de classe e a todos os colaboradores da FPF.
Agradeço também aos meus colegas na UEFA e na FIFA e ao Estado, desde os governos até às autarquias, com quem tem sido um prazer trabalhar.
Uma palavra especial aos parceiros da FPF, cuja confiança e apoio têm sido fundamentais para o nosso crescimento. Acreditem que foi entusiasmante caminhar ao vosso lado e assistir à afirmação comum das nossas marcas.
Agradeço também à Comunicação Social, que desempenhou um papel fundamental na história da Federação e no desenvolvimento do futebol, tornando-o uma atividade de milhões.
Agradeço cada momento de emoção que me foi permitido viver.
Por último, uma menção especial a uma pessoa que admiro profundamente, tanto pela sua amizade quanto pela sua competência, o Aleksander Ceferin. A sua liderança na UEFA tem sido um farol para todos nós. Muito, muito obrigado Aleksander.
Ao longo destes anos, muitas vezes tenho referido que a gratidão é a memória do coração. Hoje, mais do que em qualquer outro momento ou contexto, o afirmo com toda a emoção.
Termino com uma convicção.
Temos treinadores que inspiram, jogadores que nos fazem vibrar e clubes bem estruturados.
A FPF possui uma estrutura sólida, fundada em equipamentos modernos, cultura de excelência e colaboradores de que muito nos orgulhamos.
Por isso, estou seguro de que o futebol vai continuar a ser digno dos portugueses. É essa a minha mais profunda convicção.
Viva o futuro!
Viva o Futebol!
Viva o Desporto para Todos!
Viva Portugal!